Influência da ordem de nascimento e do número de irmãos na composição corporal de adolescentes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Meller, Fernanda de Oliveira
Orientador(a): Barros, Fernando Celso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9327
Resumo: O presente trabalho teve como objetivos avaliar a influência da ordem de nascimento e do número de irmãos na composição corporal de adolescentes, e avaliar a associação entre número de irmãos e padrões alimentares na adolescência. Foram utilizados dados da Coorte de Nascimentos de 1993 de Pelotas, Brasil. Aos 18 anos de idade, dos 4563 adolescentes localizados, 4106 foram entrevistados (taxa de acompanhamento de 81,3%). Dentre eles, 3974 foram incluídos nas análises com dados completos de composição corporal e 3751 com dados de padrões alimentares. A composição corporal foi avaliada através do índice de massa gorda e do índice de massa livre de gordura, ambos coletados através de pletismografia por deslocamento de ar (BOD POD®). Para identificar os padrões alimentares, análise de componentes principais foi realizada. Quatro padrões alimentares foram identificados com variância total de 40%: ?Proteína e fast foods?, ?Frutas e vegetais?, ?Doces, refrigerantes e produtos lácteos? e ?Comum brasileiro?. Análises brutas e ajustadas foram realizadas utilizando regressão linear. Também foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise, cujo objetivo foi examinar os efeitos da ordem de nascimento e do número de irmãos sobre o sobrepeso/obesidade. Os resultados mostram que o número de irmãos, e não a ordem de nascimento, teve maior influência sobre a composição corporal dos adolescentes. Os filhos únicos de ambos os sexos têm maior índice de massa gorda comparados àqueles que têm irmãos. Meninas filhas únicas apresentaram menor índice de massa livre de gordura, enquanto os meninos tiveram maior índice de massa corporal. Além disso, adolescentes com maior número de irmãos tiveram maior adesão aos padrões ?Proteína e fast foods?, ?Frutas e vegetais? e ?Doces, refrigerantes e produtos lácteos?. Pode-se concluir que o número de irmãos influencia tanto a composição corporal quanto os padrões alimentares dos adolescentes. Maior número de irmãos na adolescência esteve associado à maior diversidade na dieta e maior índice de massa livre de gordura, além de menores índices de massa corporal e massa gorda. Diante disso, destaca-se a necessidade de programas de intervenção focados nos adolescentes filhos únicos.