Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Weinert, Cristiano |
Orientador(a): |
Carlos, Filipe Selau |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água
|
Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8101
|
Resumo: |
A produção brasileira de arroz provém, predominantemente, das lavouras irrigadas do Rio Grande do Sul. Nessa região, a maioria dos solos de terras baixas cultivados com arroz irrigado, permanecem tradicionalmente em pousio no período outono/inverno, devido ao seu hidromorfismo e pela dificuldade de encontrar plantas de coberturas que se adaptem a essa característica. Nos últimos anos, observou-se o aumento da adoção de trevo persa (Trifolium resupinatum L.). Porém, pouco se sabe sobre os benefícios que essa leguminosa hibernal pode deixar para o sistema. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar no Capítulo 1: a disponibilidade de nutrientes no solo, a nutrição de plantas e a produtividade de grãos de arroz irrigado em sucessão ao trevo persa no período outono/inverno em um Planossolo; e, no Capítulo 2: avaliar o efeito de épocas de manejo químico do trevo persa sobre os componentes de desenvolvimento da cultura do arroz irrigado e a disponibilidade de nutrientes na solução do solo. Foram utilizados os seguintes tratamentos: Capítulo1: em condições de campo, trevo persa e pousio, compostos de 4 doses de N, sendo: 0, 60, 120, 180 kg N ha-1 e Capítulo 2: Experimento de casa de vegetação com trevo persa e pousio, com 4 épocas de manejo químico, (0, 15, 30, 45) dias antes da semeadura do arroz irrigado, com duas doses de N, 0 e 150 kg N ha-1 . O cultivo no período hibernal de trevo persa aumenta a disponibilidade de N mineral no solo, reduz em 23% a dose de máxima eficiência econômica de N para o híbrido de arroz estabelecido em sucessão. O manejo químico do trevo persa aos 45 dias antes da semeadura do arroz reduziu em 58% a quantidade de matéria seca no período de outono/inverno, enquanto o seu manejo químico mais próximo da semeadura do arroz resulta em maior teor de N mineral na solução do solo. O cultivo dessa leguminosa aumenta a disponibilidade de N mineral na solução do solo em 108% no período vegetativo de desenvolvimento do arroz. Os maiores intervalos de manejo químico aumentaram também o teor de fósforo e potássio na solução do solo no período vegetativo de desenvolvimento de plantas de arroz. Dessa forma, o uso da leguminosa hibernal em sistemas de produção de arroz irrigado no Sul do Brasil é uma alternativa promissora, pois possui adaptação ao excesso hídrico, alta capacidade de produção de biomassa e contribui com o aporte de N ao solo com reflexos na menor necessidade de adubação nitrogenada na cultura do arroz. Este contexto possibilita maior rentabilidade econômica aos orizicultores e menor potencial impacto no ambiente em decorrência do menor aporte de N. |