Qualidade dos frutos e desenvolvimento fenológico da amora-preta (Rubus spp) submetida a diferentes épocas e intensidades de poda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Patrícia Marques
Orientador(a): Schöffel, Edgar Ricardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3958
Resumo: A amora-preta é uma espécie com cultivo em ascensão no Brasil, e com grandes perspectivas de crescimento. A prática da poda na maioria das frutíferas de clima temperado tem grande influência no seu desenvolvimento e produção. O experimento foi conduzido na safra 2016/17, no município de Morro Redondo, RS, com objetivos de identificar o melhor ramo para avaliação da fenologia e a influência das diferentes épocas e intensidades de poda na duração do ciclo e no acúmulo térmico da cultura, além da influência deste manejo na produção e qualidade dos frutos. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com cinco repetições constituídas por seis plantas, em esquema fatorial 3x2, com três épocas de poda (18/07, 10/08 e 01/09) e duas intensidades de poda dos ramos secundários, caracterizadas pelo tamanho de 15 cm e 30 cm. A fenologia foi avaliada no primeiro e último ramo da haste principal, por meio de observações visuais nos seguintes momentos: início da brotação, formação do botão floral, flor completamente aberta, baga verde, baga-rosa, baga vermelha, baga madura e fim da colheita. Foram avaliados comprimento (mm) e diâmetro de frutos (mm), sólidos solúveis (ºBrix), produção por planta (Kg pl-1), produtividade estimada (Kg ha-1), número de frutos por planta, massa fresca (g), massa seca (g) e índice de área foliar (IAF). A fenologia da amora ‘Tupy’ foi diretamente influenciado pela época de poda, onde o atraso da mesma resultou em uma redução do período entre poda e a formação do botão floral, além de uma redução na duração do ciclo da cultura. Por meio deste manejo também foi possível postergar o início da colheita em até 15 dias. O acúmulo térmico foi diferente entre as épocas de poda, as plantas podadas em julho apresentaram os maiores valores com 852,43 ºC dia, já o menor valor foi encontrado nas plantas que receberam a poda em agosto, 795,06 ºC dia. As diferentes intensidades de poda não modificaram o ciclo da cultura, e a fenologia foi semelhante nas diferentes alturas de ramo. As variáveis comprimento de frutos e sólidos solúveis foram diretamente afetadas pela época de poda, ocorrendo uma redução no comprimento e no teor de sólidos solúveis conforme o atraso da mesma. O diâmetro dos frutos, massa média dos frutos e a produção por colheita foram influenciadas pela intensidade de poda, onde se observa os maiores valores para poda curta. O número de frutos, produção total e estimativa de produção não apresentaram interação significativa com nenhum dos fatores avaliados. O índice de área foliar apresentou interação significativa para época e intensidade de poda.