Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Salles, Ricardo Edson
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Orientador(a): |
Martelleto, Luiz Aurélio Peres |
Banca de defesa: |
Martelleto, Luiz Aurélio Peres,
Espíndola, José Antônio Azevedo,
Polidoro, José Carlos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10441
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Resumo: |
A amora-preta é uma das frutas que compõe o nicho das pequenas frutas vermelhas, que vem ganhando espaço no mercado de frutas exóticas do Rio de Janeiro. Todavia, ainda com participação incipiente se comparada, por exemplo, com o mercado do morango. É uma boa opção para os produtores familiares e por sua reconhecida rusticidade, pode atender de forma positiva ao manejo orgânico como um todo. Percebe-se ser mais adequada para processamento de geléia, sendo a forma mais comumente consumida da fruta. Para o seu consumo como fruta fresca, dado a sua rápida perecibilidade, é mais indicado o comércio no mercado local. Grande parte da amora comercializada nos maiores mercados brasileiros, como o da cidade do Rio de Janeiro, é oriunda de cultivos da Região Sul do Brasil ou de áreas de menor latitude, porém de clima mais ameno devido à maior altitude. Situação esta última, que se assemelha bastante com as condições climáticas da região Serrana do estado do Rio de Janeiro, onde está localizado o município de Nova Friburgo. Este trabalho teve como objetivo avaliar as características de desenvolvimento e produtividade da amoreira-preta (Rubus spp.), C.V. Tupy, nas safras 2012/2013 e 2013/2014, frente a três formas de adubação orgânica, quais sejam: Composto orgânico, a combinação: composto orgânico + torta de mamona e torta de mamona, comparados com a controle sem adubação. O experimento, conduzido no Sítio Pacha Mama, município de Nova Friburgo/RJ, montado em Blocos Casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições. Avaliou-se na safra de 2012/2013, a quantidade de frutos por planta, o comportamento produtivo ao longo da safra e tempo desde a poda até o início da colheita. Para a safra 2013/2014, avaliaram-se: a quantidade de frutos para cada m2 de cultivo, o comportamento fenológico, à partir da poda realizada em agosto de 2013, nos seguintes estágios temporais: época de ocorrência média para início da Brotação das gemas laterais; do Botão floral ainda fechado; do Botão floral com abertura das sépalas; da antese floral; da senescncia das pétalas; do Inchamento dos frutos, mas ainda com restos florais; do Inchamento dos frutos, mas sem restos florais; da Mudança de cor verde para avermelhada dos frutos (‘veraison’); da fruta totalmente vermelha; do Início de escurecimento das bagas; e, da fruta totalmente preta (ponto de colheita). Analisou-se ainda, nesta última safra, o comportamento produtivo ao longo das colheitas. Feitas as análises estatísticas ficou evidenciado o maior efeito positivo do composto orgânico, preparado no local, sobre a produção em sistema orgânico da amora-preta na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Destes resultados podemos ressaltar que o uso do composto promoveu o maior número de frutos por planta e, consequentemente, o aumento da produtividade, isso nas duas safras e ainda, promoveu a antecipação das colheitas. Quanto ao acompanhamento das colheitas de amora, na safra 2012/2013 o pico de produção se deu no meado do mês de janeiro, enquanto na safra 2013/2014, no final de novembro, demonstrando que, não obstante aos tratamentos adotados, os fatores ambientais, como observado, são imperativos sobre este aspecto produtivo desta fruteira. Assim, tendo o composto orgânico como base da adubação, o cultivo da amora-preta, C.V. Tupy, em sistema orgânico, é bastante promissor para o município de Nova Friburgo/RJ, se comparado com os níveis produtividade vigentes nas regiões de cultivos tradicionais e convencionais. |