Efeito da prostaglandina e anti-inflamatório não esteroidal no processo ovulatório em bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: D'Ávila, Camila Amaral
Orientador(a): Lucia Júnior, Thomaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7931
Resumo: A busca por melhores resultados reprodutivos nos sistemas de produção atuais está diretamente ligada ao retorno econômico para o produtor. Desse modo, a maximização da produção é um fator muito importante. Aliado a isso, existe uma grande preocupação atual em relação aos resíduos hormonais utilizados em protocolos de reprodução, como os ésteres de estradiol. Primeiramente no artigo 1 objetivou-se fazer uma revisão dos principais hormônios utilizados como indutores da ovulação em protocolos de inseminação artificial em tempo fixo. A prostaglandina a qual é amplamente utilizada com objetivo de luteólise tem apresentado efeitos positivos em relação a ovulação em fêmeas bovinas e pode ser uma alternativa aos ésteres de estradiol já proibidos em alguns países. Posteriormente e com base no exposto acima, o presente estudo objetivou avaliar 1) o efeito da prostaglandina F2α intramuscular (i.m) durante o processo ovulatório, em comparação com o GnRH e 2) se o tratamento com PGF é capaz de reverter os efeitos inibitórios de um antiinflamatório não esteroidal (AINE) na cascata ovulatória induzida pelo GnRH, testando-se a hipótese de que a aplicação i.m de prostaglandina F2α altera o processo ovulatório em bovinos afetando a luteinização e a vascularização no folículo. Vacas (n=19) tiveram a onda folicular sincronizada com benzoato de estradiol (D0), dispositivo intravaginal de progesterona (DIVP4; 9 dias) e aplicação de PGF (241µg; i.m.) no D8. No experimento 1, após 12h da retirada do DIVP4, as vacas foram alocadas em três grupos: controle: solução salina 0,9% i.m (n=6); GnRH: 100µg de acetato de gonadorelina i.m (n=7); e PGF: 500µg de cloprostenol sódico i.m. (n=6). Os folículos foram aspirados 24 h após os tratamentos, não houve diferença significativa (P>0,05) nas concentrações de P4 e E2 no fluido folicular (FF), mas os níveis de E2 foram menores no grupo GnRH (P<0,05). No experimento 2, aplicou-se GnRH (acetato de gonadorelina; 100µg i.m.) 20h após a remoção do DIVP4 (hora 0), em todos os animais. Imediatamente após, as vacas foram alocadas em três grupos: controle: solução salina 0,9% i.m (n=6); AINE: 2,2mg/kg i.m. de flunixin meglumine (FM) 17h após GnRH (n=6); e grupo AINE+PGF, 2,2mg/kg i.m. de FM 17h após aplicação de GnRH e 25mg i.m. de PGF 23h após GnRH (n=6). O grupo AINE+PGF obteve menor concentração de P4 no FF e menor vascularização da parede folicular (P<0,05) 24h após GnRH. Não houve diferença significativa nos níveis de E2 intrafolicular. Conclui-se que a aplicação i.m de PGF não induz os mesmos efeitos observados sobre a esteroidogênese após o tratamento com GnRH.