Imagem corporal dos escolares do nono ano da rede municipal no sul do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Quandt, Vitória Graciela
Orientador(a): Mintem, Gicele Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
Departamento: Faculdade de Nutrição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8647
Resumo: A percepção do corpo como um todo ou partes dele é denominada imagem corporal. É considerada multidimensional envolvendo aspectos físicos, comportamentais e sociais e quando acontece de forma negativa pode ser denominada insatisfação corporal. A adolescência, fase marcada por diversas mudanças físicas e psicológicas na vida do indivíduo, é um período de bastante vulnerabilidade a essa percepção negativa, que pode impactar na saúde física e psicológica. Assim, o presente estudo foi conduzido a fim de descrever o sentimento em relação à imagem corporal e possíveis fatores associados entre escolares da zona urbana do município de Pelotas, Rio Grande do Sul. Estudo transversal do tipo censo com todos os alunos matriculados no nono ano nos turnos matutino e vespertino nas 25 escolas municipais de ensino fundamental completo vinculadas ao Programa Saúde na Escola, localizadas na zona urbana desse município. Para a caracterização da população do estudo e investigação das variáveis de interesse foi utilizado um questionário padronizado. Também foram aferidas as medidas de peso e estatura, para a avaliação do estado nutricional, em balança da marca Tanita com capacidade de 150 kg e precisão de 100 gramas e fita métrica fixada na parede com a escala invertida. O estado nutricional foi avaliado de acordo com o indicador antropométrico índice de massa corporal para a idade no software AnthroPlus, até os 19 anos. Para os mais velhos foram utilizados os pontos de corte do índice de massa corporal para a população adulta. Os dados foram duplamente digitados no software Epidata 3.1 e as análises estatísticas realizadas no Stata 13.0. Foi utilizado o teste de qui-quadrado de Pearson para analisar a distribuição do desfecho de acordo com as variáveis de exposição e, posteriormente realizada regressão Logística Multinomial para testar associação bruta e ajustada para potenciais fatores de confusão. Para todas as análises foi considerado o nível de significância de 5%. Participaram do estudo 810 estudantes, 30,8% desses estavam insatisfeitos com sua imagem corporal. Maior chance de insatisfação com a imagem corporal no sexo feminino, naqueles que já haviam experimentado fumo, sofrido bullying, que não atribuíram nenhuma importância à imagem corporal, se percebiam gordos e que tentavam ganhar peso. Ainda, maior chance de indiferença em relação à imagem entre os estudantes obesos. Prevalência de insatisfação corporal dentro do esperado, quando comparado a outros estudos, entre os insatisfeitos maiores chances de comportamentos negativos como uso do tabaco e exposição ao bullying. Ações de educação em saúde no ambiente da escolar podem elucidar o impacto do excesso de peso para a saúde, bem como reforçar orientações sobre comportamentos de risco à saúde presentes entre os estudantes, despertando o interesse pela busca de orientação profissional para que as mudanças necessárias aconteçam de forma saudável.