Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Neutzling, Cristiane |
Orientador(a): |
Peil, Roberta Marins Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3966
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Resumo: |
O cultivo do pepineiro em substrato no sistema de calhas vem sendo empregado com frequência no sul do Brasil. Porém, faz-se necessária a evolução desta técnica, passando-se a adotar a recirculação da solução nutritiva e promover a reutilização do substrato. A casca de arroz in natura (CA) é um material abundante nesta região e apresenta características que a tornam interessante como substrato. Porém, a sua baixa capacidade de retenção de água pode ser um problema. O objetivo da dissertação foi avaliar o uso da CA como substrato para o cultivo de diferentes híbridos de pepineiro conserva em sistema de calhas com recirculação do lixiviado, em ciclo de primavera-verão e de verão-outono, considerando-se os efeitos da reutilização do substrato (CAR) em cultivo sucessivo frente à CA nova (CAN). Dois experimentos foram conduzidos em estufa plástica localizada no Campo Experimental e Didático do Departamento de Fitotecnia, da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de Pelotas. As variáveis avaliadas em ambos os experimentos foram: massa seca de folhas, caule e frutos, número de frutos e de folhas, índice de área foliar, área foliar específica e produtividade. Também, foram avaliadas as características físicas e químicas dos substratos. No primeiro experimento, avaliaram-se o crescimento e o desempenho produtivo de três híbridos de pepineiro conserva (Feisty®, Kybria® e Tony®) em ciclo de primavera-verão, empregando-se CAN e CAR proveniente de cultura antecessora, tomateiro. O transplante das mudas ocorreu em 26 de outubro de 2016 e as colheitas encerram-se no dia 06 de janeiro de 2017. Não houve interação significativa entre substrato x híbrido. A reutilização do substrato não afetou o crescimento e produtividade das plantas. Entretanto, a CAR favoreceu o peso médio dos frutos e causou redução do número de frutos produzidos. Kybria®, seguida de Tony®, apresentou maior crescimento de frutos e produtividade em relação à Feisty®, na qual observou-se um maior crescimento vegetativo em detrimento do crescimento dos frutos. As produtividades obtidas foram elevadas, sendo de 8,33, 7,18 e 4,85 kg m-2, respectivamente. No segundo experimento, estudaram-se o crescimento e o rendimento dos dois híbridos que apresentaram melhor desempenho no primeiro (Kybria® e Tony®), considerando os efeitos da reutilização do substrato em cultivo de verão-outono, sucedendo um ciclo de pepineiro. Realizaram-se as atividades no período de 15 de fevereiro a 10 de abril de 2017. O crescimento dos frutos de Kybria® foi similar nos dois substratos. Já, Tony® apresentou maior crescimento dos frutos na CAN. Independentemente do híbrido, a CAR proporcionou maior partição de massa seca para os órgãos vegetativos. Kybria® apresentou maior número de frutos na CAR (112 frutos) e Tony® na CAN (92 frutos). Porém, o substrato não afetou a produtividade, independente do híbrido avaliado. As produtividades obtidas são consideradas adequadas para o período de cultivo. No entanto, Kybria® apresentou produtividade média (3,62 kg m-2) superior à de Tony® (2,45 kg m-2). A ausência de diferenças quanto à produtividade entre os substratos novos e os reutilizados, nos dois experimentos, são atribuídas à resistência a decomposição da casca de arroz e à alta frequência de fornecimento da solução nutritiva. A partir dos resultados obtidos em ambos os experimentos, é possível concluir que o híbrido Kybria® destaca-se das demais por apresentar um melhor padrão de distribuição de massa seca, o que lhe proporciona melhores respostas produtivas. É possível empregar, com padrões de produção elevados, a casca de arroz in natura como substrato, bem como promover a sua reutilização em ciclos sucessivos, em sistema de calhas com recirculação do lixiviado nos cultivos de primavera-verão e de verão/outono. |