Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Höhn, Daniela |
Orientador(a): |
Peil, Roberta Marins Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3634
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Resumo: |
As flores de corte, de maneira geral, são bastante suscetíveis às variações ambientais, sobretudo deficiência hídrica, temperaturas extremas, problemas do meio de cultivo, que podem resultar no desenvolvimento deficiente da produção final. O cultivo de flores de corte em substrato disposto em canais, com recirculação da solução nutritiva drenada, pode ser uma alternativa para a obtenção de elevado rendimento produtivo de hastes florais de qualidade, além de promover a otimização de recursos, materiais e uso racional da água. Neste sentido, torna-se interessante o estudo do efeito de substratos à base de casca de arroz, material abundante no sul do Brasil, sobre o crescimento, a qualidade e as respostas produtivas das plantas de gipsofila (Gypsophila paniculata) e lisiantos (Eustoma grandiflorum). Paralelamente, é importante a utilização de adequado manejo fitotécnico para que as plantas respondam positivamente ao sistema proposto. Desta forma, dois experimentos foram conduzidos em casa de vegetação na Universidade Federal de Pelotas, no município de Capão do Leão – RS no ano de 2015/2016. O experimento 1 teve como objetivo avaliar diferentes substratos à base de casca de arroz [casca de arroz carbonizada (CAC) e casca de arroz in natura (CAIN), empregadas isoladamente, e as misturas de CAC + substrato comercial orgânico S10 (Beifort ) (15%) e CAIN + S10 (15%)] e a época de poda (precoce e tardia) para a produção de gipsofila. Avaliaram-se o crescimento, a produção, a qualidade, a soma térmica, o consumo hídrico e a fenologia da cultura. Os resultados obtidos no experimento 1 indicaram que, para todas as variáveis analisadas, não houve interação significativa entre substrato e época de poda. Pode-se indicar os substratos de CAC 100% ou a mistura CAIN + S10 (15%) para o cultivo de gipsofila em canais. O substrato CAIN 100% resultou em menor crescimento da parte aérea, menor produção e inferior qualidade das hastes. Os substratos não afetaram a partição de massa seca entre flores e órgãos vegetativos e o equilíbrio entre o crescimento da parte aérea e das raízes. A poda tardia antecipou o ciclo da cultura, aumentou o crescimento das hastes e a produtividade de gipsofila, melhorando a qualidade. O período de maior soma térmica acumulada (STa) para a poda precoce é na fase fenológica de elongação e iniciação floral (III) e para a tardia na fase vegetativa (I). O maior consumo de água pelas plantas ocorreu na fase III, tanto para o acumulado, quanto para o consumo diário. O consumo médio total acumulado durante o ciclo foi de 7,05 litros planta-1 e o consumo médio diário foi de 0,309 litros planta dia-1 . Os substratos CAC+S10 e CAIN+S10 foram superiores na eficiência no uso da água (EUA) para a produção de massa fresca (MF) em relação aos materiais puros, e não afetaram a produção de massa seca (MS). Foi verificado que as plantas de gipsofila produziram em média 9,36 g de MS para cada litro de água consumido. No segundo experimento, o objetivo foi avaliar o crescimento e a qualidade das plantas de lisiantos, também, em diferentes substratos à base de casca de arroz [casca de arroz carbonizada (CAC); casca de arroz in natura (CAIN); CAC (70%) + substrato comercial orgânico S10 (Beifort ) (30%) e CAIN (70%) + S10 (Beifort ) (30%)]. Os substratos CAIN + S10 e CAC podem ser utilizados para a produção de lisiantos para flor de corte em sistema de cultivo em canais com recirculação da solução nutritiva, uma vez que ambos proporcionaram hastes com elevado padrão de qualidade, com destaque para o primeiro, que promoveu um maior crescimento das plantas. O uso de CAIN como material isolado para substrato prejudicou o crescimento das plantas e impediu o florescimento, modificando as relações de partição de massa seca entre os órgãos das plantas. Os resultados são decorrentes da melhor qualidade das características físicas e químicas do substrato CAIN+S10, em virtude da presença do composto orgânico, que aumentou a capacidade de retenção de água, e da alta porosidade da CAIN. Assim, constata-se que a gipsofila e o lisiantos adaptaram-se de forma adequada ao sistema de cultivo em canais preenchidos com substratos à base de casca de arroz, com recirculação do lixiviado. |