Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Rodrigo Jorge |
Orientador(a): |
Murray, Henara Lillian Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12839
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Resumo: |
A liga de Inconel® 625 é considerada uma superliga à base de níquel, muito resistente à corrosão e de difícil usinabilidade devido seu alto grau de encruamento e baixa condutividade térmica. Comercialmente a principal desvantagem do Inconel® 625 é o seu alto custo e por este motivo cada vez mais as pesquisas avançam na utilização desta liga como revestimento sobre um substrato menos nobre. Nesta pesquisa foi utilizado o processo de soldagem MIG/MAG (Metal Inert Gás/Metal Active Gás) devido à sua facilidade de operação, automatização e produtividade. Porém, como muitas aplicações requerem usinagem posterior à deposição do revestimento, é fundamental para a utilização do Inconel® de forma mais ampla um maior conhecimento sobre a sua usinabilidade. A interação entre a ferramenta e a peça no processo de usinagem de superligas de níquel causa severa deformação plástica na peça, que aliada à baixa condutividade térmica do material geram elevadas temperaturas e forças de corte. Assim, a proposta principal deste trabalho é avaliar as forças de usinagem em revestimentos de Inconel® 625 soldados pelo processo MIG/MAG e os efeitos que a microestrutura e diluição causam na usinabilidade dos revestimentos. Para tanto, avaliou-se como o gás de proteção e a espessura do substrato afetam a microestrutura, diluição, microdureza, rugosidade, forças de usinagem e desgaste nas ferramentas de corte. Os revestimentos foram avaliados medindo a taxa de resfriamento através de termopares, a diluição através do software Image J, analisando a microestrutura através de MEV/EDS (Microscópio Eletrônico de Varredura / Espectroscopia por energia Dispersiva) e difração de raio X (DRX), traçando os perfis de microdureza na região de usinagem, medindo-se as forças de usinagem via sistema de aquisição de sinais e software LabVIEW®, analisando os tipos e mecanismos de desgastes encontrados durante o processo de usinagem por fresamento e também medindo a rugosidade superficial das amostras após a usinagem. Os resultados mostraram que as taxas de resfriamento foram maiores nas chapas soldadas com Ar + 25% He. Já a diluição foi menor nas chapas soldadas com Ar + 25% He. Na microestrutura foi identificada uma matriz γ-Ni com fases precipitadas de Mo e Nb. As amostras soldadas com Ar + 25% He obtiveram maiores médias de forças de usinagem. Quando comparadas com relação à variação da espessura do substrato percebe-se que nas chapas soldadas com Ar + 25% He, as amostras de 9,5 mm de espessura tiveram as médias das forças de usinagem mais elevadas em relação aos substratos de 25,4 mm. As médias das microdurezas e os desgastes das ferramentas de corte foram maiores nas amostras soldadas com Ar + 25% He. Os valores de rugosidade se mostraram independentes das variáveis gás de proteção e espessura do substrato. A adição de CO2 no gás de proteção, embora aumente a diluição, melhora as condições gerais de usinagem, obtendo assim menores forças de usinagem durante o fresamento e consequentemente menores desgastes nas ferramentas de corte, otimizando de uma forma geral todo o processo. |