Avaliação do comportamento em corrosão e tribocorrosão de revestimentos de Inconel 625 depositados pelo processo de soldagem MIG/MAG.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Daniel
Orientador(a): Osório, Alice Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Departamento: Centro de Desenvolvimento Tecnológico
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4832
Resumo: O Inconel 625 é uma liga de níquel altamente resistente à corrosão em alta temperatura. Porém, devido ao seu elevado custo, ele é comumente depositado sobre um substrato menos nobre, particularmente por processos de soldagem. Um dos processos de soldagem mais utilizados na indústria é o processo MIG/MAG (Metal Inert Gas/Metal Active Gas) devido à sua facilidade de operação, robotização e capacidade de produção devido às altas densidades de corrente e alimentação contínua de material de adição. Porém, este processo promove diluições (mistura do material de base no de revestimento) acima das diluições promovidas pelos processos de soldagem convencionalmente utilizados para este fim. Assim, este trabalho tem como proposta a análise do impacto da energia de soldagem e da pulsação térmica em processos MIG/MAG na diluição, microestrutura, resistência à corrosão e tribocorrosão. Para isto, revestimentos foram produzidos com o processo MIG/MAG na sua forma convencional variando-se a energia de soldagem aplicada em três níveis e também com o processo derivativo MIG/MAG com pulsação térmica (MIG/MAG-PT). Os revestimentos foram avaliados medindo-se a diluição; analisando-se a microestrutura por meio do microscópio óptico (MO), microscópio de varredura eletrônica (MEV) e difração de raios X (DRX); realizando-se ensaios de corrosão pelo método de polarização potenciodinâmica cíclica nas temperaturas de 25 °C e 60 °C e ensaios de tribocorrosão do tipo esfera sobre disco com movimento recíproco e aplicação de polarização potenciostática realizados nas temperaturas de 25 °C e 60 °C e potenciais passivos e transpassivos. Os resultados mostraram que a diluição dos revestimentos não foi dependente diretamente do valor da energia de soldagem, mas também da área de aplicação e do modo de aplicação (contínuo ou pulsado). A microestrutura resultante foi típica do Inconel 625 e apresentou variações na quantidade dos precipitados em função da energia e processo de soldagem aplicados. A resistência à corrosão mostrou-se dependente da temperatura. Os ensaios de polarização a 25 °C mostraram um aumento na resistência à corrosão com o aumento da energia de soldagem, enquanto na condição de temperatura de 60 °C não foi observada uma influência considerável da energia de soldagem. Na comparação entre os processos, o processo MIG/MAG-PT produziu revestimentos menos resistentes à corrosão do que o processo MIG/MAG independente da temperatura utilizada no ensaio. Para os ensaios de tribocorrosão os resultados mostraram que em condições de ensaio menos severas em relação à corrosão (potencial passivo e temperatura de 25 °C) o desgaste ocasionado pelo movimento de deslizamento promove a ocorrência de corrosão devido à destruição cíclica da camada passiva. Já nos ensaios de tribocorrosão sob condições mais severas de corrosão o deslizamento tem pouca influência. As variações realizadas nas soldagens para produção dos revestimentos não influenciaram a perda de massa no ensaio de tribocorrosão.