Economia do conhecimento e educação: a fabricação do sujeito microempresa como modo de existência.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Feijó, José Roberto de Oliveira
Orientador(a): Vieira, Jarbas Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7758
Resumo: A proposta desta tese é a de pensar o processo de constituição, de fabricação, do sujeito do trabalho, ao qual denominei sujeito microempresa; um sujeito cujo fim único é produzir e vender sua empregabilidade; um sujeito que se produz em meio a uma ética muito específica em relação a esse estágio atual da produção capitalista e do modelo econômico que lhe dá sustentação. Para isso, me valho dos conceitos de Capital Humano, Economia do Conhecimento, Economia Evolucionária neoschumpeteriana e Inovação. A teoria do desenvolvimento econômico de Schumpeter e seus desdobramentos até a atual dinâmica neoschumpetriana ou Economia Evolucionária, conjugada necessariamente com a Economia do Conhecimento foi fundamental para pensar esta tese. A metodologia consistiu em uma revisão bibliográfica de autores e de textos da OCDE, Banco Mundial e UNESCO, que me possibilitaram estruturar e compreender a atual dinâmica da Economia do Conhecimento e as demandas de subjetivação inerentes à essa dinâmica. A conclusão foi de que todo aparato discursivo de retorno social do investimento em educação para o mercado do conhecimento, como o de gerador de riqueza e desenvolvimento, não faz mais do que nos constituir, por meio de uma ontologia muito própria, como sujeitos microempresas, instituindo a competitividade como modo de existência. O empobrecimento do conhecimento, reduzido à mera informação, não opera para a vida qualificada pela cultura, mas para produtivismo econômico, pois toda uma dimensão ética e estética é alijada na fabricação desse sujeito.