As manifestações das paisagens ocultadas: arqueologia da Pelotas de trabalhadoras sexuais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Vanessa Avila
Orientador(a): Alfonso, Louise Prado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6541
Resumo: Partindo de uma perspectiva putafeminista, procuro compreender nesta pesquisa arqueológica as estratégias de resistência das trabalhadoras sexuais aos processos de exclusão (às políticas de controle e disciplinarização de seus corpos) no cotidiano da cidade de Pelotas (RS), responsáveis por naturalizar as opressões de gênero, classe, raça e etnia sofridas por elas. Para isso, realizei um estudo das paisagens onde os prostíbulos do século XX estavam situados, fazendo reflexões sobre o trabalho sexual no contemporâneo. Com o intuito de evocar essas paisagens, já que as casas de prostituição não foram preservadas, utilizei de metodologias arqueológicas alternativas, tais como vídeo, cartografia em desenho e pintura. A partir dessa pesquisa, discuto duas intervenções arqueológicas realizadas na cidade no Dia do Patrimônio: a exposição “A luta das trabalhadoras pelo direito de habitar a cidade de Pelotas” e a performance “Flor de Papel”. Ambas foram realizadas em espaços públicos com o objetivo de manifestar à população pelotense as paisagens dos prostíbulos que foram ocultadas pelo poder para que não se ouça mais falar das prostitutas que neles trabalhavam.