Materialização do Ensino Médio Politécnico em uma Escola Pública do Rio Grande do Sul.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Balado, Maria do Carmo Lopez
Orientador(a): Cóssio, Maria de Fátima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7869
Resumo: O estudo aqui desenvolvido analisou o processo de materialização do Ensino Médio Politécnico em uma escola pública do estado do RS. Em seus capítulos foram consideradas as particularidades dos cenários nacional e estadual e as concepções político-ideológicas em que a política se fundamenta, suas bases e princípios norteadores. A pesquisa procurou responder ao problema assim definido: “De que maneira se materializou a política do Ensino Médio Politécnico em uma escola central do município de Porto Alegre sob o ponto de vista de seus professores e grupo gestor?”. Para isto foram selecionados três eixos investigativos: 1. A maneira como a política foi recebida na escola pesquisada; 2. Como foi interpretado o texto da política e compreendidos os conceitos bases; 3. De que maneira ocorreu o processo de materialização. Após a análise de conteúdos destes eixos emergiram, pela ordem, três categorias de análise: Entre a resistência e a ressignificação do currículo; O texto da política: recontextualizações; Reestruturação curricular: análise da prática. A investigação seguiu uma abordagem qualitativa e utilizou uma metodologia de estudo de caso que foi desenvolvida em dois estágios: o primeiro, um grupo focal com a equipe gestora e a aplicação de um questionário aos professores; o segundo, através de três grupos focais divididos entre as áreas de conhecimento: Linguagens, Matemática e C. da Natureza juntas e, Ciências Humanas. A fundamentação teórica ocorreu a partir dos referenciais dos campos de estudo em políticas públicas, da história e da sociologia da educação, principalmente. As análises e interpretações dos dados trouxeram alguns resultados que cabem destacar: evidenciaram-se as resistências à proposta devido ao desconhecimento de seus fundamentos e, principalmente, à maneira impositiva com que foi apresentada às escolas; o processo de recontextualização da política assegurou uma escolha coletiva e consciente de trabalho (ainda que não fosse unânime) a qual vinculou concretamente o E.M. Politécnico ao Projeto Político Pedagógico da escola. Por fim, talvez a principal causa para o fortalecimento do Politécnico nesta escola, o trabalho coletivo e, nele, a certeza de que o Ensino Médio precisava de mudanças, quais fossem, e que cabia aos professores e grupo gestor da escola fazer seu melhor para que isso acontecesse. Concluindo, o Ensino Médio Politécnico representou para as escolas públicas estaduais do RS, uma oportunidade real de fazer o movimento de mudança. Esta escola o fez. No entanto, há dúvidas sobre o que dele ficou: o nome e a estrutura curricular permanecem, de fato, mas não a sua alma. Por que? Talvez porque outros ventos trouxeram novas ou não tão novas concepções ou, talvez porque sua alma nunca fora vislumbrada.