O ensino médio politécnico: uma política pública no contexto da prática em escolas estaduais de São Leopoldo/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Roos, Míria Maria de Souza
Orientador(a): Fritsch, Rosângela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5202
Resumo: Nas últimas décadas, há discussões sobre o Ensino Médio não ter uma identidade própria por apresentar-se com um currículo fragmentado, dissociado da realidade sócio-histórica e pouco atrativo para o seu público. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 aponta para a necessidade de uma reestruturação neste nível da educação básica. Os elevados índices de evasão e reprovação aprofundam a problemática e distanciam o Estado do compromisso de educação para todos. Frente a este problema o Estado do Rio Grande do Sul (RS), em 2012, propôs uma reformulação no Ensino Médio, implantando, nas escolas estaduais, a “Proposta Pedagógica para o Ensino Médio Politécnico e Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio”. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar a execução da proposta em duas escolas estaduais de São Leopoldo/RS e identificar os respectivos impactos no sentido da melhoria da qualidade educacional nestas instituições. Os objetivos específicos visaram: identificar limites e possibilidades que as escolas enfrentaram para a implantação da proposta; compreender a ressignificação e as estratégias adotadas no contexto da prática na percepção dos gestores; verificar o comportamento de indicadores de fluxo – aprovação, reprovação, evasão – e de desempenho – ENEM ao longo da implantação. A pesquisa é de cunho qualitativo e utilizamos fontes documentais, bancos de dados e relatos de gestores que passaram por análise de conteúdo. Como resultado, percebemos como limites que, por problemas na comunicação, a proposta não foi entendida por gestores, professores, alunos e pais. Também, a falta de qualificação dos gestores e professores quanto ao conteúdo e a aplicação da mesma dificultou a sua implementação. A proposta veio sem um suporte financeiro para qualificação dos espaços e instalações dos prédios escolares. Constatamos um alto índice de evasão nas escolas pesquisadas. A proposta tem suas limitações, não atingiu os objetivos de qualidade cidadã que se propôs, mas contribuiu para que as escolas repensassem as suas práxis especialmente no que tange a avaliação emancipatório e seminário integrado.