Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rommel, Leonardo von Pfeil |
Orientador(a): |
Sparemberger, Alfeu |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Centro de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/2848
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Resumo: |
O presente estudo analisa o processo de desconstrução da memória imperial portuguesa efetivado pelos romances Memória de elefante (1979), Os cus de Judas, (1979) e As naus (1988), de autoria do escritor português António Lobo Antunes. Publicadas em um contexto pós-colonial, as narrativas direcionam-se à exploração do período de transição imperial/pós-imperial ainda em processo de construção após a Guerra Colonial, a Revolução dos Cravos e o processo de descolonização da África. A literatura surge no contexto pós-colonial português como uma alternativa para a elaboração de uma memória coletiva sobre o passado traumático e sobre os últimos capítulos do império português. A produção ficcional apresenta-se como possibilidade de interpretação da dinâmica política e social existente na construção de um novo Portugal após a Guerra Colonial, a Revolução dos Cravos e a descolonização dos territórios ultramarinos. A ficção antuniana, ao abordar acontecimentos traumáticos para a coletividade nacional, busca efetivar uma releitura da História e do imaginário nacional, a fim de desconstruir a memória imperial e efetivar a construção, por meio do discurso ficcional, de uma memória/História que se oponha ao sistemático movimento de apagamento da contemporaneidade iniciado após a Revolução. Os romances analisados durante a pesquisa, publicados em um período pós-Revolução, notabilizam-se pela tentativa de, pelo discurso ficcional, estabelecer uma forma de simbolizar, de transformar em linguagem, os traumas e os lapsos causados pelo processo de desmoronamento da imagem imperial junto à sociedade portuguesa. Em suas narrativas, Lobo Antunes reelabora o passado, evitando que acontecimentos marcantes sejam esquecidos pela sociedade com o decorrer do tempo. |