Bioarqueologia dos esquecidos: desafios éticos a partir do trabalho com uma coleção de ossos contemporâneos no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Marques, Isabela da Silva
Orientador(a): Bernardo, Danilo Vicensotto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13762
Resumo: No Brasil, apesar dos avanços em Bioarqueologia, ainda há uma lacuna significativa de pesquisas nessa área, o que muitas vezes leva os pesquisadores a depender de bancos de dados de populações estrangeiras. À vista disso, torna-se evidente a necessidade de coleções de ossos contemporâneas originárias de populações brasileiras para a condução de pesquisas mais precisas e contextualizadas. Para além disso, é preciso reconhecer que o tratamento ético dessas coleções é crucial, uma vez que os ossos que as compõem representam indivíduos que viveram recentemente e, portanto, têm significados culturais e históricos ainda muito presentes na nossa memória. A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) possui uma coleção de ossos que exemplifica os desafios éticos enfrentados no tratamento de remanescentes esqueléticos. A partir da organização da coleção de ossos da UFPel, esse estudo objetiva analisar os desafios éticos associados à pesquisa com remanescentes humanos, visando preservar não apenas a integridade física dos ossos, mas também o valor histórico e cultural que estes representam. Foram desenvolvidos protocolos para a catalogação e organização dos ossos presentes na coleção, ao mesmo tempo em que se realizaram reflexões acerca da complexidade ética de lidar com remanescentes humanos no contexto das coleções esqueléticas contemporâneas. Como resultado, buscou-se promover uma abordagem ética e responsável na prática bioarqueológica no Brasil.