Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Giusto, Marina Nogueira Di |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-30102023-164400/
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Resumo: |
O presente trabalho busca aprofundar a compreensão sobre dieta e padrões de estresse na infância, e investigar a relação entre eles, nas séries esqueléticas do sambaqui costeiro Piaçaguera (7151-5668 anos cal. AP) e do sambaqui fluvial Moraes (6791-4971 anos cal AP), localizados no estado de São Paulo. Foram realizadas análises isotópicas de 13C e 15N em colágeno ósseo e dentinário, incluindo algumas novas abordagens, como o estudo de microamostras sequenciais de dentina e a modelagem de mistura bayesiana para reconstrução de dieta. Para o estudo dos padrões de estresse, foram analisados dois marcadores osteológicos (Hiperostose Porótica e Cribra Orbitalia) e um marcador dentário (Hipoplasia Linear de Esmalte). Para o grupo de Piaçaguera, observou-se uma preferência alimentar por peixes marinhos, mas também um importante consumo de animais terrestres, seguido de peixes de água-doce e plantas C3; nas crianças não foram constatadas idades de desmame diferentes e a dieta pós-desmame é semelhante à dos adultos. A separação da série de Piaçaguera de acordo com as cotas planialtimétricas demonstrou uma diferença no padrão de exposição à anemia e a outros estressores ambientais na infância e a uma pequena diferenciação na alimentação. Para o grupo de Moraes, observou-se uma preferência alimentar por animais terrestres, seguido por peixes de água-doce e plantas C3. Os resultados em conjunto levaram ao desenvolvimento de novos aspectos para o grupo de Moraes, na qual o consumo de peixe de água-doce, em conjunto com uma amamentação prolongada, apareceria como um meio amortecedor do impacto que estressores ambientais estariam exercendo sobre mulheres gestantes e bebês neonatos. Esse estudo alcançou riquezas de detalhes que permitiram obter um quadro mais abrangente quanto a vida de algumas pessoas e que, por sua vez, permitiram inferir aspectos quanto ao modo de vida para esses dois grupos sambaquieiros. |