Esterois de macroalgas Phaeophyceae da Antártica: extração e análise por métodos cromatográficos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nunes, Camila Francine Paes
Orientador(a): Pereira, Claudio Martin Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10774
Resumo: A região Antártica é caracterizada por grande diversidade de macroalgas Phaeophyceae, no entanto, até o presente momento, a literatura possui poucas informações a respeito das moléculas bioativas presentes nessas macroalgas. O presente estudo propôs uma nova metodologia para a extração de esterois presentes na macroalga parda Desmarestia anceps. A nova metodologia de extração, empregando o ultrassom em temperatura ambiente, demonstrou ser mais eficiente para a extração dessas moléculas, quando comparada a outras metodologias descritas na literatura (extrações com a agitação magnética e irradiação micro-ondas). Os extratos obtidos foram analisados por cromatografia gasosa, com detector de ionização em chama (CG/FID) e cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG/MS), permitido a identificação e quantificação de sete esterois (brassicasterol, campesterol, colesterol, ergosterol, estigmasterol, fucosterol e βsitosterol) presentes nas macroalgas. A metodologia de extração mostrou uma eficiência quando comparadas com as demais técnicas propostas, com taxas de recuperação de extração obtidas em 20 minutos e amplitude de 40% na extração. A metodologia de extração via ultrassom proposta foi aplicada em seis espécies de macroalgas pardas originárias da Antártica: Adenocystis ultricularis, Ascoseira mirabilis, Cystosphaera jacquinotii, Desmarestia anceps, Desmarestia Antarctic e Hymantothallus grandifolius. Os extratos foram analisados por cromatografia líquida de alta eficiência, acoplada a espectrômetro de massas, com ionização química a pressão atmosférica (HPLC/APCI-MS/MS), permitindo a identificação e quantificação dos esterois presentes nas seis macroalgas pardas. Dentre os esterois analisados, o fucosterol apresentou os maiores teores nas macroalgas, seguido do Estigmasterol e β-sitosterol. O campesterol foi o esterol encontrado em menor proporção nas macroalgas pardas. A macroalga H. grandifolius exibiu a maior concentração de esterois e a alga D. Antarctic apresentou a menor concentração de esterois em sua composição. Os dados obtidos demonstram que o perfil de esterois das macroalgas pardas da Antártica são promissores, para um posterior isolamento desses compostos com o fucosterol, Estigmasterol e β-sitosterol que têm um grande potencial terapêutico e biológico.