Atividades Antimicrobiana e Citotóxica de Extratos de Macroalgas da Antártica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Martins, Rosiane Mastelari
Orientador(a): Lund, Rafael Guerra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8630
Resumo: O ambiente marinho tem sido estudado focando a descoberta de novos compostos para fins terapêuticos. Neste meio, são destacadas as macroalgas, as quais têm fornecido metabólitos com interessantes atividades biológicas e elevado potencial terapêutico. A região Antártica é caracterizada por grandes agregações de macroalgas, no entanto, até o presente momento, a literatura possui poucas informações a respeito da bioatividade dessas algas. O presente estudo avaliou as atividades antimicrobiana e citotóxica de extratos (hexânico, clorofórmico, etil acetanólico e etanólico) de quatro espécies de macroalgas originárias da Antártica: Cystosphaera jacquinotii, Himantothallus grandifolius, Pyropia endiviifolia e Iridea cordata. A atividade antimicrobiana foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo. Os extratos foram testados contra Staphylococcus aureus ATCC19095, Enterococcus faecalis ATCC4083, Pseudomonas aeruginosa ATCC9027, Escherichia coli ATCC29214, C. albicans ATCC62342 e isolados clínicos orais de C. albicans (3), C. parapsilosis, C. glabrata, C. lipolytica e C. famata. A atividade citotóxica foi avaliada em células de carcinoma epidermóide humano (A-431) e de fibroblastos de camundongos (NIH/3T3) pelo ensaio colorimétrico de redução do MTT. O extrato etil acetanólico de H. grandifolius exibiu notável atividade antifúngica, demonstrando atividade contra todas as cepas de fungos testados, incluindo cepas resistentes a fluconazol. O extrato etil acetanólico de I. cordata demonstrou forte atividade contra a linhagem tumoral A-431, aumentando a taxa de inibição a 91,1% e 95,6% na concentração de 500 μg mL- 1 após 24 e 48 h de exposição, respectivamente. A maioria dos extratos exibiu baixo ou nenhum efeito citotóxico em células não-tumorais NIH/3T3. Os dados obtidos demonstram o perfil bioativo de extratos de algas da Antártica, sugerindo que algas dessa região podem ser promissoras para o isolamento de substâncias com importante potencial biológico.