Tratamento térmico com vapor e adição de xantana para preservação de compostos bioativos fenólicos e da atividade antioxidante de polpas de mirtilo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Vanessa Rodrigues Duarte de
Orientador(a): Moreira, Angelita da Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3473
Resumo: O mirtilo é considerado uma das frutas mais ricas em antioxidantes, cuja atividade está relacionada à presença de compostos bioativos. A polpa deste fruto possui grande importância, pois é utilizada na elaboração de diversos outros produtos. A utilização de novas tecnologias de aplicação de calor e utilização de estabilizantes vêm contribuído para a redução de perdas de compostos bioativos. Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos do tratamento térmico por adição direta de vapor e adição do estabilizante xantana, previamente ao despolpamento, sobre o conteúdo de compostos bioativos fenólicos e atividade antioxidante (método ABTS e DPPH) em polpas de mirtilo. Utilizaram-se mirtilos (Vaccinium ashei Reade) da cultivar Powderblue e os frutos, adicionados de 0,08% de ácido cítrico, foram processados termicamente até 90 ºC, por aplicação direta de vapor em autoclave vertical analógica, com e sem adição de 0,1 % e 0,5 % de xantana, e por aquecimento direto em tacho aberto, com adição de 0,5 % de xantana. As quatro polpas foram avaliadas até 90 dias de armazenamento sob congelamento, quanto às características tecnológicas de acidez total, pH, sólidos solúveis totais, cor e concentração dos compostos bioativos (fenois e flavonoides totais, antocianinas monoméricas, taninos hidrolisáveis e condensados, fenois individuais, antocianinas individuais) e atividade antioxidante (métodos ABTS e DPPH). A atividade da enzima polifenoloxidase foi avaliada nos frutos e polpas de mirtilo no tempo inicial. O tratamento térmico realizado nas polpas desativou a enzima polifenoloxidase. Verificou-se nas polpas elaboradas com tratamento térmico por adição direta de vapor maiores concentrações de compostos fenólicos e flavonoides totais, antocianinas monoméricas, taninos condensados, flavonoides individuais, ácidos fenólicos individuais e atividade antioxidante pelos dois métodos de avaliação, ao longo do armazenamento, comparativamente ao tratamento térmico em tacho aberto. A associação com xantana especialmente quando em concentração maior, resultou em maiores teores de antocianinas monoméricas e individuais, de taninos hidrolisáveis, dos ácidos gálico e clorogênico e da quercetina nas polpas, em todos os tempos de armazenamento. Os compostos bioativos fenólicos tiveram correlação positiva para os dois métodos de atividade antioxidante (ABTS e DPPH), exceto os taninos hidrolisáveis que tiveram apenas para o método ABTS.