Boro no crescimento in vitro e na atividade enzimática do mirtileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Jessé Neves do lattes
Orientador(a): Ayub, Ricardo Antonio lattes
Banca de defesa: Biasi, Luiz Antonio lattes, Pasqualini, Ana Paula de Azevedo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Departamento de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3086
Resumo: O mirtilo é uma pequena fruta rica em antioxidantes, fato que tem atraído consumidores nos últimos anos. A produção de mudas pode ser feita pela micropropagação, gerando plantas de alta qualidade fitossanitária. Esta técnica utiliza como substrato diferentes composições nutricionais de meio de cultura, mas com mesma concentração de boro. Sob diferentes concentrações deste nutriente pode ocorrer alterações enzimáticas, visto sua essencialidade no metabolismo das plantas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do boro no crescimento in vitro de mirtileiro e nas alterações enzimáticas. Foi utilizado o meio WPM, suplementado com sacarose (20 g L-1), mio-inositol (0,1 g L-1) e ágar (6,0 g L-1). Para todos os experimentos foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado. No primeiro experimento de multiplicação in vitro (avaliado aos 90 dias) foi utilizado o esquema fatorial 3x4, com três concentrações de 2-isopentalinadenina - 2iP (0,0, 2,5 e 5,0 mg L-1) e quatro concentrações de ácido bórico (0,0, 3,1, 6,2 e 9,3 mg L-1). Foram realizados outros dois experimentos para avaliar o efeito de diferentes concentrações de boro (0,0, 3,1, 6,2 e 9,3 mg L-1), um sob a influencia de 2iP (5,0 mg L-1) e outro sob influencia de ácido indolbutírico - AIB (2,5 mg L-1), ambos avaliados aos 180 dias e em esquema unifatorial. Para todos os experimentos foram utilizados 4 repetições compostas por 5 explantes. Foi avaliado o comprimento da parte aérea e da maior raiz, número de brotações e folhas, massa fresca, porcentagem de enraizamento e atividade das enzimas polifenol oxidase (PPO), fenilalanina amônia-liase (PAL), peroxidase (POD) e ácido indolacético oxidase (AIAO). No primeiro experimento observou-se que 6,2 mg L-1 de boro gerou a maior formação de brotações (18,4), assim como, 5,0 mg L-1 de 2iP (25,5). Na interação entre estas concentrações de boro e 2iP, houve a maior atividade da enzima POD e PPO, que são responsáveis por síntese de compostos como a lignina. No segundo experimento, em condição de deficiência de boro, observou-se maior quantidade de ápices necrosados (9), folhas vermelhas (31) e alta atividade das enzimas PAL, AIAO e POD. O crescimento das raízes e enraizamento foram inibidos, mostrando a essencialidade do boro nesta fase de desenvolvimento. Em meio sem auxina, a AIAO se correlacionou negativamente com o crescimento das raízes enquanto que em meio contendo o AIB a correlação foi positiva. Assim, conclui-se que 6,2 mg L-1 de boro e 5,0 mg L-1 de 2iP gera os melhores resultados para a multiplicação de mirtileiro, em condições de deficiência aumenta a atividade enzimática e o enraizamento de mirtileiro é dependente de boro e da regulação da enzima AIAO.