Restauração de lesões cervicais não cariosas : fatores relacionados a sua sobrevivência e impactos periodontais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Favetti, Morgana
Orientador(a): Cenci, Maximiliano Sérgio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3610
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar os aspectos de sobrevida de restaurações diante das intervenções propostas por dois ensaios clínicos randomizados com tempos de acompanhamento diferentes, um com 36 meses e outro com 60 meses. Adicionalmente, objetivou-se avaliar a condição periodontal de pacientes que receberam restaurações em lesões cervicais não cariosas (LCNC) nestes estudos. O estudo com 36 meses de acompanhamento (Número de pacientes - Np = 42; Número de restaurações -Nr= 182), foi realizado com 3 diferentes grupos, nos quais aplicavam-se diferentes soluções (controle - solução placebo, experimental 1 - solução de clorexidina 2%, e experimetal 2 - solução de hipoclorito de sódio 10%) durante 60 segundos após o condicionamento ácido e antes da aplicação do adesivo e da restauração das LCNC. Sendo assim, este primeiro estudo deu origem à 2 estudos (estudo 1 e 2), respectivamente sobre os efeitos do pré-tratamento com CHX 2% e NaOCl 10% na retenção de restaurações em LCNCs. O estudo com 60 meses de acompanhamento (Np = 36; Nr = 172) deu origem ao estudo 3, sendo que este foi desenvolvido para avaliar o efeito de diferentes formas de isolamento do campo operatório (isolamento absoluto - com dique de borracha e grampo, ou isolamento relativo - com fio retrator, afastador labial, e ambos com sugador de saliva) para a realização de restaurações de LCNC. Um avaliador experiente, treinado e calibrado em cada um dos dois grandes estudos, avaliou as restaurações após 6, 12, 24, 36 ou 60 meses utilizando os critérios da FDI. Para a avaliação periodontal, um mesmo avaliador, padrão ouro, para ambos os estudos, avaliou os casos seguindo critérios pré-estabelecidos. Outro pesquisador comparou as informações obtidas com as já existentes nas fichas clínicas dos pacientes com as que foram obtidas no exame clínico e na aplicação do questionário realizados nos últimos recalls de cada estudo, de 3 ou 5 anos. A união dos dados periodontais oriundos das duas amostras, deu origem à um quarto estudo, que representa a associação entre os aspectos relacionados às restaurações (nível da margem e tipo de isolamento) e os tecidos periodontais adjacentes. Os resultados demostraram que a utilização de diferentes soluções, como clorexidina 2% ou hipoclorito de sódio 10%, durante o processo restaurador, bem como o tipo de isolamento realizado durante a execução do tratamento restaurador, não influenciaram a taxa de sobrevida das restaurações de LCNC ao longo do tempo. Ainda, do ponto de vista periodontal, o tipo de isolamento e a presença das restaurações não demonstraram gerar dano aos critérios periodontais avaliados após acompanhamento de 36 ou 60 meses. Houve relevante associação de determinadas características das lesões e dos pacientes com as taxas de falhas das restaurações.