Sobrevivência de restaurações e facetas de resina composta direta e cerâmicas em dentes anteriores: estudo retrospectivo sobre fatores relacionados à substituição e ao reparo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Patias, Rômulo
Orientador(a): Leite, Françoise Hélène Van de Sande
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3556
Resumo: A avaliação da sobrevivência de restaurações em dentes posteriores tem sido bastante explorada na literatura recente, no entanto, poucos estudos foram encontrados sobre a longevidade de restaurações em dentes anteriores. O presente estudo avaliou a longevidade de restaurações e facetas de resina composta direta e facetas cerâmicas em dentes anteriores, investigando alguns fatores relacionados à falha e ao reparo destas restaurações. O desenho do estudo foi do tipo longitudinal retrospectivo, realizado por meio da coleta de dados dos arquivos de um consultório privado. Para inclusão, os pacientes deveriam ter recebido restaurações em dentes anteriores, em resina composta ou facetas cerâmicas, e ter permanecido em acompanhamento na mesma clínica odontológica, o período incluído na avaliação foi de 1994 até 2014. As restaurações e avaliações foram realizadas por um único operador. A avaliação dos dados coletados foi dividida em duas etapas. Na primeira parte do estudo, resinas compostas com 5 a 20 anos de acompanhamento foram selecionadas. Os fatores em estudo foram o sexo do paciente, o tipo de resina composta (Híbrida, Microhíbrida, e associação Microparticulada e Híbrida), o arco (superior e inferior), o dente (incisivo central, incisivo lateral e canino), e o tipo de cavidade (classe III e IV e faceta). Os desfechos avaliados foram às intervenções realizadas (reparo ou substituição das restaurações) e taxa de falha anual (considerando reparo ou substituição como falha). As análises estatísticas foram realizadas com testes Qui-quadrado, análise de sobrevivência pelo método Kaplan- Meier e Regressão de Cox. A segunda parte do estudo incluiu as restaurações do tipo faceta com tempos de acompanhamento de até 4 anos, realizadas em resina composta nanohíbrida/nanoparticulada e cerâmicas, no período de 2009 até 2013. Apenas estatística descritiva pôde ser utilizada. No total, 123 pacientes foram incluídos, e 524 restaurações foram avaliadas na primeira parte. Diferenças significativas para substituição das restaurações foram encontradas entre os arcos dentários, com arco superior tendo maior taxa de falha em relação ao inferior, após 10 anos de acompanhamento, apresentavam uma taxa de sobrevivência de 41% e 73% de sobrevivência, respectivamente. Sobre os reparos, diferenças significativas foram encontradas de acordo com o material utilizado e o tipo de restauração, com as resinas microhíbridas apresentando maior quantidade de reparos em relação às híbridas e a associação micropartículadas mais híbridas, entretanto com maior sobrevivência em relação as outras. Foram encontradas maiores frequências de reparo, entre os tipos de restauração realizada, com facetas apresentando maior quantidade de reparos em relação às restaurações classe III e IV. Na segunda parte do estudo, na comparação de facetas diretas e indiretas, 155 facetas foram avaliadas, apenas estatística descritiva foi utilizada, não foram encontradas diferenças entre as técnicas com relação a substituição e reparo das facetas com 7 até quatro anos de acompanhamento, apesar das cerâmicas apresentarem maior quantidade de substituição e reparos. Mesmo com as limitações do presente estudo, se conclui que estética pode ser a principal causa para falhas das restaurações em dentes anteriores, restaurações nos dentes superiores apresentaram maior número de intervenções em relação aos inferiores. Já com relação a comparação entre facetas, as técnicas direta e indireta apresentaram resultados semelhantes e satisfatórios com quatro anos de acompanhamento, entretanto um maior número de facetas e maior tempo de acompanhamento é necessário para evidenciar maiores diferenças.