Prática pedagógica e participação das crianças na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rocha, Jeruza da Rosa da
Orientador(a): Nornberg, Marta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3190
Resumo: Esta pesquisa busca compreender como acontece a participação das crianças do terceiro e quarto ano no contexto da escola da Capilha por meio da prática pedagógica desenvolvida pela educadora. Amparada em pesquisas realizadas no campo dos Estudos da Infância e da Pedagogia, três conceitos são explorados de forma articulada: prática pedagógica, participação das crianças e cultura de pares. A pesquisa foi conduzida em escola localizada na área rural do município de Rio Grande/RS, na região do Taim. Os sujeitos são a educadora da escola e dezenove crianças do 3º e 4º ano do ensino fundamental, no período de 2012 e 2013. Trata-se de uma pesquisa qualitativa cujo processo de produção de dados foi realizado por meio de observações, em sala de aula e no cotidiano da comunidade, e entrevistas com as crianças e educadora. A análise interpretativa foi tomada como método de análise, entendido como eficaz e rigoroso, porque permite organizar e desenvolver análises descritivas e compreensivas sobre o que decorreu dos processos de interação com as crianças. Os resultados do estudo mostram que a forma de participação das crianças esteve vinculada aos espaços que elas ocupavam na escola, ou seja, o silêncio, a obediência e as questões morais que envolveram as atividades da sala de aula sinalizavam uma participação de menor proporção. Já no refeitório, espaço intermediário, as crianças interagiam entre si e possuíam uma maior autonomia quando comparado à sala de aula. Por fim, o pátio configurou-se como espaço potente para a construção das relações entre as crianças e a educadora, permeado por participações colaborativas e ativas, legitimando as crianças como sujeitos ativos da prática pedagógica conduzida pela educadora. As caminhadas, como ferramenta metodológica, possibilitaram compreender como as crianças constroem seus saberes sobre suas vivências na Comunidade da Capilha. Por meio das caminhadas com as crianças até suas casas, foi possível saber como vivem e o que fazem quando não estão na escola. São saberes que podem ser contemplados em situações que envolvem o planejamento da prática pedagógica, em uma perspectiva multicultural de ensino, articulando conhecimentos científicos e escolares.