Extrato aquoso de folhas de alface roxa: indução de tolerância ao estresse salino em alface

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Deuner, Cristiane
Orientador(a): Meneghello, Géri Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4057
Resumo: O estresse salino afeta negativamente a manifestação do potencial fisiológico pela germinação, vigor das sementes e redução no desenvolvimento das plântulas. Além disso, a salinidade pode comprometer a divisão celular, inibindo o índice mitótico e causando anormalidades cromossômicas, bem como aumentar a produção de espécies reativas de oxigênio. As plantas, por sua vez, podem reagir a esse estresse com ajustes morfológicos, bioquímicos, fisiológicos, celular e molecular, sendo que determinados ajustes podem ser induzidos por uma ampla variedade de metabólitos secundários produzidos para a defesa natural da planta. Substâncias como o β-caroteno, as vitaminas C e E e os compostos fenólicos estão relacionados à capacidade antioxidante de inúmeros vegetais e auxiliam a diminuir os efeitos causados pela salinidade. Nesse âmbito, extratos de plantas têm sido estudados, visto que o mecanismo de ação dos antioxidantes, presentes em extratos vegetais, possui um importante papel na redução da oxidação lipídica em tecidos vegetal e animal, sob condições de estresse. A alface é a hortaliça folhosa mais importante no Brasil e além de vitaminas e sais minerais, possui carotenoides e alto teor de compostos fenólicos. As variedades roxas possuem ainda, grande quantidade de antocianinas, o que lhes confere maior atividade antioxidante. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o efeito do extrato de folhas de alface roxa sobre a qualidade fisiológica, atividade citogenética e antioxidante durante a germinação de sementes e crescimento inicial de plântulas de alface, submetidas a diferentes concentrações salinas, buscando elucidar possíveis mecanismos de tolerância que poderão servir de base para estudos futuros com outras culturas. Foram realizados experimentos em laboratório e casa de vegetação, onde plântulas de alface, cultivar Regina, foram submetidas, durante os estádios iniciais de desenvolvimento à diferentes concentrações de extrato de folhas de alface roxa combinado ou não a soluções salinas, sendo avaliados parâmetros relacionados à germinação, produção de biomassa, divisão celular e atividade antioxidante. O uso de extrato de folhas de alface roxa proporciona incrementos na germinação das sementes, auxilia o desenvolvimento inicial das plântulas, bem como diminui o estresse oxidativo causado pelo sal, justificado pelo aumento no índice de clorofila e de nitrogênio e pela menor concentração de sódio nas folhas. O extrato de alface roxa não afeta o índice mitótico, diminui o índice de células em prófase e aumenta a incidência das células em telófase de raízes de alface. O estresse salino afeta negativamente o desenvolvimento das plântulas de alface.