Óxido nítrico como agente amenizador do estresse salino em alface semi-hidropônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marques, Isabelly Cristina da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192319
Resumo: Perante a atual demanda hídrica para manutenção de cultivos intensos e sucessivos, faz-se necessária a busca de alternativas para o manejo correto da água a fim de reduzir seu desperdício. Uma dessas alternativas se concentra na utilização de águas de qualidade inferior como, por exemplo, águas salobras. No entanto, uso de águas salobras podem ocasionar diversas alterações no metabolismo das plantas, necessitando de estratégias que permitam o uso dessas águas. Na busca dessas alternativas, busca-se substâncias biológicas ou sintéticas que gerem respostas fisiológicas e bioquímicas que promovam a adaptação das plantas às condições ambientais adversas, a exemplo do óxido nítrico (NO). Partindo desse pressuposto, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito atenuante do óxido nítrico em plantas de alface crespa, cv. Vera, cultivada sob estresse salino. O experimento foi realizado em casa de vegetação nos meses de abril e maio de 2019, da Fazenda Experimental de São Manuel da FCA, localizada no município de São Manuel/SP. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, em esquema fatorial de 5 x 2, sendo o primeiro fator compreendido por cinco concentrações de nitroprussiato de sódio (NPS) (0, 50, 100, 150 e 200 µmol) e o segundo fator foi composto por dois níveis salinos da água de irrigação (0,2 e 3,5 dS m-1, respectivamente, sem e com estresse salino), com quatro repetições. As concentrações de NPS foram aplicadas semanalmente (via foliar), totalizando três aplicações durante o ciclo. As variáveis analisadas foram: variáveis bioquímicas (peróxido de hidrogênio, peroxidação lipídica, enzimas antioxidantes e prolina), análises de trocas gasosas e fluorescência da clorofila a, determinação de pigmentos e variáveis biométricas (massa de matéria fresca de parte aérea, número de folhas, massa de matéria seca total, área foliar e conteúdo relativo de água). De modo geral, a análise estatística dos dados revelou efeito da interação entre os fatores (concentrações de NPS x níveis salinos) para a maioria das variáveis analisadas. Para as variáveis bioquímicas, a peroxidação lipídica e os níveis de peróxido de hidrogênio foram reduzidos com a aplicação das concentrações de NPS em plantas estressadas, promovendo também maior atividade das enzimas antioxidantes, bem como, o acúmulo de prolina nessas plantas. Para as análises de trocas gasosas e fluorescência da clorofila a, o estresse salino afetou negativamente essas variáveis; no entanto, a aplicação de NPS resultou na atenuação do estresse, promovendo também aumento no teor de carotenoides. Além disso, houve incrementos na massa de matéria fresca total e sobre o número de folhas das plantas na condição de estresse salino, evidenciando, portanto, efeito positivo na mitigação do estresse salino pela aplicação do doador de óxido nítrico.