A internet como ferramenta de participação social: uma análise das mobilizações para preservação do Centro Histórico de Santo Ângelo - RS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Reis, Marina Gowert dos
Orientador(a): Albernaz, Renata Ovenhausen
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5392
Resumo: A pesquisa aqui realizada trata-se de um estudo de caso sobre o processo de patrimonialização do Centro Histórico de Santo Ângelo – RS, caso no qual a comunidade faz uso da internet para se mobilizar no intento da preservação de seu patrimônio cultural. Como marco teórico desse estudo, utilizam-se as teorias de Tornatore sobre processo de patrimonialização integrado à comunidade, de Prats, sobre os agentes envolvidos no patrimonialização e a mercantilização do patrimônio, e ainda autores sobre a cibercultura, democracia e mobilização da sociedade civil na internet. O objetivo principal dessa pesquisa está em compreender como a mobilização de comunidades, potencializada pelo uso da internet, influencia o processo de reconhecimento e consequente patrimonialização de um bem, tendo como objeto de análise o caso do Centro Histórico de Santo Ângelo, a comunidade envolvida, e as normativas estatais que aí que estão envoltas aí. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi de estudo de caso, analisando dados do grupo do Facebook “Defenda Santo Ângelo! Quero nossa História Viva!”, onde essa comunidade santo-angelense se organiza para discutir seu patrimônio. Analisou-se o grupo em 4 períodos, em consonância com uma análise dos principais fatos do processo de patrimonialização, sistematizados nesse estudo. Foram observados, portanto, quatro momentos: 1) setembro de 2011, quando o grupo é criado; 2) maio e agosto de 2012, que compreende a organização do abaixo-assinado, até o momento em que é postulado o tombamento provisório pelo Iphae; 3) agosto e setembro de 2013, etapa marcada pelo Protesto das Cruzes e pela audiência pública realizada na cidade; 4) e entre outubro e novembro 2013, quando o Iphae publica a notificação do tombamento e, por fim, não promulga esse ato, passando para o poder municipal a incumbência de construir uma Legislação de preservação patrimonial. Nesses períodos, as categorias de análise, quantitativas e qualitativas sobre o objeto de estudo, foram as seguintes: 1) atos do processo x respostas no grupo, que versa sobre o principal assunto discutido em cada período analisado; 2) sujeitos ativos x sujeitos observadores, buscando evidenciar se a grande maioria dos membros do grupo é ativa, se realmente posta e discute, e qual esse percentual em relação às pessoas que somente observam; 3) participação na internet x participação nas ações, relacionando o número de pessoas que está no grupo com o número de pessoas que se posiciona em ações efetivas no processo, como o abaixo-assinado e a presença em audiências públicas; 4) conteúdos postados x curtidas, buscando entender qual tipo de conteúdo gera maior repercussão dentro do grupo, se são comentários sobre o processo, se são imagens sobre Santo Ângelo, se são denúncias de casos de descaso com o patrimônio, entre outros.