Entre orgasmos ou a falta deles: a construção da sexualidade feminina nas obras de William Master & Virginia Johnson e Shere Hite.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silveira, Carolina Abelaira
Orientador(a): Silva, Daniele Gallindo Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5576
Resumo: A regulação do corpo é um dos principais meios de normatizar a sexualidade. Ela normatiza, além da sexualidade, o seu lugar como sujeito no mundo. Baseada nos discursos de Foucault sobre o conceito de biopolítica, vamos discorrer sobre como a regulação corpórea, principalmente a feminina, atuou na normatização da sexualidade nos Estados Unidos pós obras de Masters e Johnson. Iniciamos apresentando um breve histórico de como a sexualidade foi tratada e compreendida, ao longo dos tempos, chegando ao objeto principal deste trabalho que é a sexualidade através dos trabalhos de Masters, Johnson e Hite. Os trabalhos de Masters e Johnson são importantes para o século XX, pois empoderam as mulheres com um saber realista, permitindo que escolhas sejam feitas a partir de informações médicas. E abriram espaço para uma nova categoria médica: os sexólogos. Permitindo a abertura de diálogos sobre sexo, importantes para o desenvolvimento da pesquisa de Shere Hite. Onde a mesma, através de questionários, pergunta diretamente as mulheres o que elas sentem com relação ao sexo. Por isso, esta dissertação apresenta a análise das obras A Conduta Sexual Humana (1966), O Vínculo do Prazer (1975), ambas de autoria de Masters e Johnson, e O Relatório Hite da Sexualidade Feminina (1980), de autoria de Shere Hite. E traça a representação da sexualidade feminina presente em cada uma das obras, compreendendo assim, como o sujeito mulher foi percebido nos Estados Unidos no período de 1950–1976.