Indução de maturação pós-colheita de frutos de morango (Fragaria × ananassa)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Siebeneichler, Tatiane Jéssica
Orientador(a): Galli, Vanessa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4884
Resumo: O morango (Fragaria x ananassa) é um fruto que apresenta características sensoriais muito apreciadas pelo consumidor, além de ser rico em compostos antioxidantes, principalmente antocianinas, compostos fenólicos e vitamina C. É um fruto de grande importância comercial. No entanto, um fator limitante é a baixa resistência mecânica, acarretando em perdas importantes no pós-colheita. No atual sistema de produção, os morangos são colhidos no estádio final de maturação. Uma prática realizada em frutas climatéricas é a colheita antes da plena maturação. Nesse sentido objetivou-se avaliar o efeito da aplicação pós-colheita de ácido abscísico (ABA) ou sacarose no acúmulo de compostos relacionados ao processo de amadurecimento de morangos. O trabalho foi dividido em três estudos, o primeiro consistiu na aplicação de três doses de sacarose e manitol (controle osmótico) na indução da maturação, no segundo estudo avaliou-se a aplicação de ABA e do seu inibidor, o ácido nordihidroguaiarético (NDGA), e no terceiro estudo avaliou-se o acúmulo de compostos relacionados ao amadurecimento pós-colheita em comparação ao amadurecimento in vivo. O amadurecimento induzido no pós-colheita resultou em frutos com perfil de antocianinas e cor distintos da maturação in vivo, maior conteúdo de compostos fenólicos totais e individuais (catequina, ácido hidroxibenzoico e epicatequina) atividade antioxidante, teor de vitamina C nos tratamentos com a menor dose de sacarose e controle, conteúdo reduzido de açúcares, especialmente sacarose, maior firmeza de polpa, além do aumento de compostos marcadores de estresse (ABA-glicosil éster, ácido faseico e ácido dehidrofaseico e prolina). Os frutos que foram submetidos à aplicação de sacarose mostraram maior conteúdo de sólidos solúveis totais, antocianinas, compostos fenólicos, vitamina C, e atividade antioxidante quando comparados ao manitol. Além disso, apresentaram maior conteúdo de açúcares (glicose, frutose e sacarose) e maior porcentagem de frutos vermelhos após três dias de armazenamento, comparado a ambos controles (com água ou com manitol). A aplicação de ABA resultou no aumento do conteúdo de ABA e ABA-glicosil éster nas frutas e induziu um aumento no conteúdo de epicatequina. O seu inibidor resultou em redução no conteúdo de açúcares, sólidos solúveis totais, conteúdo de antocianinas e vitamina C, e, portanto, desacelerando o processo de maturação. Resultados indicam uma aceleração do processo de maturação pós-colheita de frutos de morango utilizando sacarose e atraso devido à aplicação de manitol e NDGA.