Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Reisser, Pedro Lopes |
Orientador(a): |
Galli, Vanessa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8504
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Resumo: |
O morango, Fragaria x ananassa Duch., é consumido amplamente devido suas características sensoriais atrativas como sabor, aroma e aparência. Além de ser uma cultura importante, o morangueiro é um modelo de pesquisa para frutas não climatéricas, devido ao seu porte e o seu rápido cultivo. Diversos estudos têm relatado o papel do Ácido Abscísico (ABA), um fitohormônio oriundo da degradação de carotenóides fotossintéticos, na indução de antocianinas de frutos não-climatéricos. Porém, as inter-relações entre ABA, carotenoides e compostos de metabolismo especializado, como fenilpropanóides e ácido L-ascórbico (AsA) ainda não foram elucidadas, e pouco se sabe sobre a dinâmica temporal de acúmulo de compostos especializados neste fruto. No presente trabalho objetivou-se colocar a hipótese a prova de que para que ocorra o processo de amadurecimento dos frutos, ocorre inicialmente o aumento na síntese de carotenóides, seguido da bioconversão em ABA, culminando na indução do processo de amadurecimento de frutos de morango. Para tanto, o delineamento experimental foi pensado para abranger o maior número de estádios de desenvolvimento, totalizando 9 estádios da cultivar San Andreas. Para o ensaio da hipótese, foram projetadas duas dimensões de análise, uma bioquímica através de UFLC-MS/MS (cromatografia liquida de alta eficiência acoplada a espectrômetro de massas em tandem) e outra genômica através de RT-qPCR( reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real). Apesar disso, apenas algumas das análises bioquímicas previstas foram realizadas, sendo elas: sólidos solúveis totais; teor de ABA, ABA-glicosilado, ácido faseico, ácido dehidrofaseico; teor de ácido L-ascórbico; fenilpropanoides; antocianinas. Esses resultados foram compilados em um artigo, cujo tema foi a relação entre o ABA e o AsA e os fenilpropanóides, oferecendo novas perspectivas sobre a regulação do ABA. Neste estudo, observouse que o teor de sólidos solúveis totais reduziu nos estágios inicias e aumentou nos de crescimento e voltou a reduzir no amadurecimento. Além disso, com o amadurecimento observou-se um aumento do conteúdo de ABA, de AsA e de pelargonidinas. O teor de cianidina aumentou nos estádios iniciais e logo reduziu, apresentando correlação negativa com o teor de ABA. O PCA (análise de componentes principais) e PLS (regressão parcial de mínimos quadrados) permitiram definir grupos distintos de amostras de acordo com seu perfil bioquímico e verificar que os compostos que mais contribuíram para esta distinção foram AsA, catequina e pelargonidina 3 glicosídeo. No entanto, devido aos contratempos, o cerne principal da hipótese não pode ser questionado, e a relação de carotenoides e o ABA ainda permanece inconclusiva. Ainda permanecem perguntas a respeito do ciclo das xantofilas que parece relevante para entender a regulação de ABA, a disponibilidade de AsA e seus respectivos acúmulos nos frutos. Assim, espera-se que esse estudo possa contribuir para os novos estudos científicos e tecnológicos que virão a respeito de células vegetais e o processo de amadurecimento em frutos. |