Dilaceração: uma poética do aprender em arte.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ferreira, Raquel Andrade
Orientador(a): Vieira, Jarbas Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Art
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7825
Resumo: Dilaceração: uma poética do aprender em arte" surgiu a partir de leituras, ainda que incipientes, sobre o o "Nascimento da TRagédia ou Helenismo e Pessimismo" de Nietzche, em que o filósofo expõe os problemas da criação e a dimensão trágica nos processos da aprendizagem e a construção de sua concepção de estética a partir de uma visão dionisíaca do mundo. Apresenta-se como uma intervenção artística dentro do programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado - FAE/UFPEL, na problematização da pesquisa educacional acadêmica e a relação com o processo artístico no aprendizado de uma poética em Artes Visuais, cujo percurso envolve quatro obras artísticas que são atravessadas pela figura estética do "*", "Dilacerado" - realizado sobre suporte digital que consiste no arremesso de uma série de objetos de louça de uso doméstico sobre uma parede3; "250 Km ao Sul" - compõem-se de uma série de três desenhos realizados com caneta esferográfica azul sobre tecido Voil, "Borde rescrever" - afirma uma escrita educacional mais poética bordando textos em outros suportes e recosturando os cacos no alinhavar do labirinto, e o "livro Labirinto" que faz a junção e dilaceração de todos esses elementos potencializando essa criação. Constitui-se do inventariado de obras de arte, atravessamentos literários e do encontro com Nietzsche, Deleuze, Guattari, Spinoza, Henry Miller, Hilda Hilst, Artaud, juntamente com artistas, Leonilson, Hélio Oiticica, Joseph Beuys, Barrio, Louise Bourgeois. Do encontro com colegas, amigos, orientadores e professores do programa FAE/UFPEL e da linha da Diferença da Faculdade de Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul/ UFRGS, Porto Alegre, que são os intercessores dessa produção litero-artística. O que está em jogo aqui, não é pensar a aprendizagem pelos modelos tradicionais de fazer pesquisa acadêmica, e sim mostrar o potencial pedagógico desse aprendizado através de uma poética do processo, work in progress, na criação do objeto livro labirinto. Afirma-se como uma produção artística contemporânea que disserta via construção do labirinto a possibilidade de se pensar a relação entre a arte e vida aproximando-as pela experimentação e transgressão na forma produzindo assim a diferença. Mais do que pensar os conceitos, o que se pretende aqui é problematizar a forma pelo que devém dos conceitos para criar e afirmar uma vontade de arte no aprender. Expõe os problemas da criação, do dilaceramento e do sentido trágico da existência atravessado pelo perspectivismo nietzschiano nos dionisismos do ato estético.