Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Zamboni, Rosimeri |
Orientador(a): |
Sallis, Eliza Simone Viégas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Faculdade de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7793
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Resumo: |
A avicultura brasileira é classificada em industrial e alternativa, de acordo com o sistema de produção utilizado. A avicultura industrial consiste em um sistema intensivo de produção, enquanto a avicultura alternativa ou colonial é baseada em sistemas de criação semi-intensivos (galinha caipira industrial) ou extensivos (galinha de fundo de quintal). Nas criações alternativas as aves são consideradas mais adaptadas ao modo de criação livre, utilizando pouca ou nenhuma instalação e baixo controle sanitário, tornando esses animais e o ambiente no qual vivem potenciais reservatórios e fontes de infecção para diversos patógenos. Assim, o objetivo desta tese foi determinar as principais doenças que ocorrem em galinhas domésticas criadas em sistemas alternativos no sul do Brasil. Foram, portanto, incluídos quatro trabalhos científicos nesta tese. No primeiro artigo foi realizado um levantamento nos arquivos do Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (LRD/FV/UFPel), sendo selecionados os protocolos de necropsia de galinhas domésticas (Gallus gallus domesticus) de criações alternativas, encaminhadas de janeiro de 2000 a dezembro de 2019. Dos 565 materiais correspondentes a cadáveres e órgãos de galinhas domésticas, 229 aves foram oriundas de criações alternativas. Destas, 203/229 (88,64%) casos tinham diagnóstico conclusivo e em 26/229 (11,36%) o diagnóstico foi inconclusivo. Este estudo demonstrou que as doenças infecciosas corresponderam a 88,18% (179/203) dos diagnósticos em galinhas de criação colonial no LRD/FV/UFPel nos últimos 20 anos. As causas bacterianas foram as mais frequentes, com 79 casos (38,92%), seguidas das doenças parasitárias com 59 (29,06%) casos e, doenças virais com 29 (14,29%) diagnósticos. Dentre as doenças bacterianas a salmonelose aviária foi o diagnóstico de maior ocorrência (26/79), com 22/26 casos de tifo aviário (Salmonella Gallinarum) e 4/26 de pulorose (S. Pullorum). No segundo artigo foi realizada uma pesquisa de Salmonella spp. em galinhas de criação colonial nos municípios de Pelotas e Piratini, no estado do Rio Grande do Sul. Foram realizadas análises microbiológicas e moleculares, de amostras de necropsia encaminhadas ao LRD/FV/UFPel e suabes cloacais coletados em criações avícolas alternativas. Das 12 amostras analisadas de necropsia e dos 136 pools coletados de galinhas coloniais, foram confirmadas pela técnica de PCR, 12 amostras positivas para Salmonella spp., sendo 11 confirmadas dos isolados de órgãos e uma dos suabes cloacais. Na análise microbiológica dessas amostras, 10 corresponderam a S. Gallinarum e duas a S. Pullorum. No terceiro artigo descreveuse um surto de aspergilose em aves de criação colonial na região sul do Rio Grandedo Sul, destacando os aspectos epidemiológicos e patológicos dessa patologia. E por fim, no quarto artigo relatou-se a ocorrência de dois surtos de histomoníase como causa de morte em aves oriundas de criações coloniais dos municípios de Pelotas e Santa Vitória do Palmar, no estado do Rio Grande do Sul. Dentre todas as patologias discutidas nesta tese o sistema de criação alternativo e o manejo sanitário inadequado, tanto das aves quanto do ambiente, foram considerados os principais fatores relacionados à ocorrência dessas enfermidades. |