Utilização de extrato hidroalcóolico e óleo essencial de Origanum vulgare com associações no tratamento da esporotricose experimental por Sporothrix brasiliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Matos, Caroline Bohnen de
Orientador(a): Cleff, Marlete Brum
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10647
Resumo: A busca por novos fármacos com ação antimicrobiana tem sido extensivamente estudada em especial com extratos vegetais, entretanto, a pesquisa da ação destas frente a fungos ainda é escassa. Dentre as micoses de importância em saúde pública, a esporotricose tem emergido nos últimos anos como uma importante doença zoonótica em grandes centros urbanos, acometendo gatos, cães e humanos. O tratamento desta micose é realizado com a administração diária de antifúngicos, em especial o itraconazol, que é considerado o fármaco de eleição tanto para animais como para humanos. Entretanto, os princípios ativos com ação nos fungos do complexo Sporothrix schenckii, disponíveis comercialmente, são restritos. Neste sentido, verifica-se a necessidade de outras opções terapêuticas para o tratamento da esporotricose. Dessa forma, a atividade in vitro de plantas demonstrada por estudos preliminares com isolados do complexo Sporothrix schenckii impulsionaram a realização do presente estudo visando determinar a atividade in vivo dos extratos vegetais de Origanum vulgare para o tratamento da esporotricose cutânea experimental. Para isso, foram utilizados 60 ratos machos da linhagem Wistar que foram divididos em 6 grupos experimentais, inoculados com S. brasiliensis para o desenvolvimento da esporotricose cutânea e submetidos a 30 dias de tratamento com itraconazol, óleo essencial de O. vulgare, extrato hidroalcoólico de O. vulgare, associação do óleo com itraconazol, associação do extrato com o itraconazol e um grupo controle tratado somente com o veículo. Durante os 30 dias, os animais eram avaliados semanalmente e 2 animais por grupo eram eutanasiados para a coleta de material para analisar o desenvolvimento da doença e a evolução dos diferentes tratamentos. Ao final dos 30 dias, os animais remanescentes de cada grupo foram eutanasiados e, também, tiverem materiais biológicos coletados para as análises. Em todas as necropsias, foram coletadas amostras de fígado, rim, baço, testículo, ponto de inoculação e linfonodo regional, além de amostras de sangue. Como resultados obtidos, somente os animais pertencentes aos grupos ITRA e CONT não apresentação desaparecimento total dos sinais clínicos observados ao final dos 30 dias de tratamento, também foi possível observar que os animais pertencentes aos grupos tratados com o extrato hidroalcoólico de O. vulgare e com o óleo essencial de O. vulgare não apresentaram nenhuma alteração microscópica em rins, fígado e baço durante todo o experimento, indicando assim um possível efeito dessa planta na disseminação da doença. O Sporothrix brasiliensis foi retroisolado do linfonodo regional de todos animais de todos os grupos nas quatro necropsias realizadas. As análises de estresse oxidativo revelaram não existir diferença em seus níveis emnenhum dos grupos avaliados. O estudo avaliando a ação do óleo e do extrato pode determinar que ambos atuam a nível de ergosterol da membrana do fungo.