Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Waller, Stefanie Bressan |
Orientador(a): |
Mello, Joao Roberto Braga de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/118276
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Resumo: |
As propriedades terapêuticas das plantas medicinais são cada vez mais estudadas, principalmente devido aos crescentes casos de resistência antimicrobiana, como observado em cepas do Complexo Sporothrix. As plantas da família Lamiaceae são conhecidas por suas propriedades antifúngicas, entretanto, são escassos seus estudos contra agentes causadores da esporotricose. Devido ao potencial promissor dessas plantas, objetivou-se (1) avaliar a atividade anti-Sporothrix spp. in vitro de Origanum vulgare L. (orégano), Origanum majorana L. (manjerona) e Rosmarinus officinalis L. (alecrim) nas formas de óleos essenciais, extratos aquosos de infusão e decocção e extratos hidroalcoólicos contra isolados clínicos de Sporothrix spp. obtidos de casos clínicos de esporotricose humana, canina e felina; (2) avaliar os principais constituintes químicos presentes nos óleos essenciais das plantas; e (3) avaliar a atividade citotóxica in vitro. Extratos aquosos e hidroalcoólicos foram preparados a partir de partes aéreas das plantas. Em óleos essenciais, produtos comerciais e produtos extraídos de partes aéreas por hidrodestilação em Clevenger foram testados. Ambos óleos foram analisados quimicamente por cromatografia gasosa. Testes in vitro foram realizados pela técnica de Microdiluição em Caldo contra isolados clínicos de Sporothrix spp. oriundos de humanos, caninos e felinos, bem como ambiental nas fases leveduriforme (CLSIM27A3) e filamentosa (CLSI-M38A2), sendo testados entre 72 a 0.07 mg/mL. Os efeitos citotóxicos foram avaliados através do ensaio MTT em células VERO (78 a 5000 μg/mL). Na fase leveduriforme, os óleos essenciais extraído e comercial de orégano apresentaram atividade anti-Sporothrix spp. nas concentrações inibitórias mínimas (CIM) e concentrações fungicidas mínimas (CFM) de 36 a ≤2.25 mg/mL e de alecrim entre 72 a≤2.25 mg/mL, não havendo diferença estatística entre os tipos de óleos. Por sua vez, óleo comercial de manjerona apresentou CIM/CFM de 18 a ≤2.25 mg/mL. Na fase micelial, 100% dos isolados felinos e caninos foram sensíveis aos óleos essenciais de orégano (0.14 a ≤0.07 mg/mL), alecrim (18 a ≤0,07 mg/mL) e manjerona (4.5 a ≤0.07 mg/mL). Extratos aquosos e hidroalcoólicos de orégano apresentaram atividade inibitória e fungicida, respectivamente, em 100% e entre 90% a 35% dos isolados animais (40 a ≤0.07 mg/mL). Nas mesmas concentrações, o extrato hidroalcoólico de manjerona inibiu de 90% a 100% dos isolados. Entretanto, os demais extratos de manjerona e de alecrim apresentaram fraca atividade anti-Sporothrix spp. sobre 40% a 5% dos isolados, não havendo atividade antifúngica sobre as infusões de alecrim preparadas em 10 e 60 minutos. Sobre itraconazol, Sporothrix spp. foi sensível na fase leveduriforme (16 a ≤0.03 μg/mL) e filamentosa (64 a ≤0.12 μg/mL), entretanto, 5 foi observada resistência antifúngica em 4% e 28% (CIM e CFM >16 μg/mL, respectivamente) dos isolados na fase leveduriforme, ao passo que, na fase filamentosa, a resistência ocorreu em 12,5% e 85% dos isolados (CIM e CFM >64 μg/mL, respectivamente). Os óleos essenciais de orégano e manjerona apresentaram maior atividade citotóxica com 80% de inviabilidade celular, ao passo que os extratos aquosos e hidroalcoólico de manjerona foram os menos citotóxicos. A análise química foi similar nos produtos das plantas Lamiaceae, diferindo a concentração dos compostos, os quais α-pineno e 1,8-cineol foram majoritários para o óleo extraído do alecrim e α- terpineno, terpineol-4 e timol para o óleo extraído de orégano, ao passo que 1,8-cineol foi majoritário para os produtos comerciais de alecrim e manjerona, e carvacrol para orégano. A boa atividade anti-Sporothrix spp. in vitro das plantas da família Lamiaceae, em especial ao Origanum vulgare L., é promissora para o tratamento da esporotricose, inclusive sobre isolados clínicos resistentes. |