Liberdade, responsabilidade e sustentabilidade: Uma abordagem filosófica a partir da teoria de Amartya Sen.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oss-Emer, Andrei Thomaz
Orientador(a): Chagas, Flávia Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5623
Resumo: O objetivo desta dissertação é elucidar, de modo argumentativo os conceitos de liberdade individual, responsabilidade moral e sustentabilidade da vida na Terra e a imbricação dos três conceitos na teoria da justiça de Amartya Sen. É também uma propedêutica ao estudo da ética, da justiça e da teoria política, na vasta obra de Sen, além de uma proposição de novos valores para o cidadão do século XXI, consciente de viver em um mundo plural e disposto a ir além do reduzido compartimento do autointeresse na avaliação moral. A valorização da pluralidade de pessoas na argumentação democrática e no processo de razão pública em uma sociedade aponta caminhos para a conquista e garantia de direitos, a formação de instituições justas e a correta destinação dos recursos do estado, tendo como fim o aprimoramento das capacidades, habilidades e competências das pessoas e o desenvolvimento humano e social. Escrito em três capítulos interdependentes, o objetivo do estudo é elucidar os argumentos utilizados pelo autor para conferir aos seres humanos alguma responsabilidade moral perante a natureza. A resposta está no tempestivo artigo Por que devemos preservar a coruja pintada? Nesse pequeno e intrigante escrito, Sen apresenta claramente o que depois se lê incluso em A Ideia de Justiça, a saber, o argumento budista da responsabilidade assimétrica, que confere aos seres humanos uma responsabilidade proporcional à sua relação de poder perante suas próprias ações, e consequentemente, na sua relação com as outras pessoas, e com o ambiente natural, assimetricamente desprovido da capacidade reflexiva. Dessa forma, reitera a fundamental busca humana por valores que respondam à urgente necessidade de cuidado e moderação, na tarefa de preservar as espécies naturais e optar por um modelo de desenvolvimento onde a liberdade, em sua dimensão moral e substantiva, seja destaque e prioridade.