Os grupos de ciclistas e suas contribuições para a mobilidade urbana: os casos de Rio Grande, Pelotas e de Bagé, RS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Martins, Camila Teixeira
Orientador(a): Polidori, Maurício Couto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5487
Resumo: A bicicleta insere-se não só no cotidiano de trabalhadores, mas também no de pessoas com diferentes ocupações e classes sociais, pessoas que optam voluntariamente por esse equipamento. A emergência de grupos de ciclistas para fins de lazer ou para obtenção de infraestruturas cicloviárias, a partir de um ativismo reivindicatório, faz questionar o potencial desses coletivos organizados na construção de uma cidade favorável a bicicleta, por isso, a pesquisa visa investigar o papel das organizações de ativismo e de lazer na produção de cidades contemporâneas, de modo a fazer associações com as infraestruturas cicloviárias existentes. A investigação apresenta um Estudo de Casos Múltiplos, nas cidades de Rio Grande, Pelotas e Bagé, no sul do Rio Grande do Sul, onde foram pesquisados tanto a prática e o histórico dos grupos de ciclistas, quanto o relacionamento que estes estabelecem com as administrações municipais, em razão de elucidar a participação social dessas organizações voluntárias. As conclusões indicam que as contribuições dos grupos organizados de ciclistas são, em maioria, de natureza social, pois envolvem laços de amizade, iniciação de novos ciclistas, ganho em saúde e despertam para uma consciência urbana, assim como, estes podem, por vezes, conquistar espaços com ciclovias e ciclofaixas. Adicionalmente, pode ser preciso cautela na inclusão direta de experiências individuais nos diálogos com prefeituras, pois a seleção dos trajetos de grupos de ciclistas tem motivações distintas das que são necessárias para efetividade da mobilidade por bicicleta, até porque há grupos que pedalam pelas infraestruturas cicloviárias e grupos que não têm interesse nesse tipo de instalação para prática das pedaladas.