Prospecção dos óleos essenciais da família Lamiaceae, sobre ovos de Ancylostoma spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Azambuja, Rosaria Helena Machado
Orientador(a): Cleff, Marlete Brum
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10653
Resumo: Os Ancilostomídeos são parasitos que contaminam o meio ambiente e determinam, nos animais e no homem, infecções parasitárias de importância em saúde pública. A prevalência de ancilostomídeos de caráter zoonótico é elevada no sul do Rio Grande do Sul e, somado a isso, alguns endoparasitos de animais de companhia estão resistentes a determinados anti-helmínticos. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar a atividade anti-helmíntica, in vitro, de óleos essenciais da família Lamiaceae, frente a ovos de Ancylostoma spp. obtidos de cães naturalmente infectados, assim como avaliar a composição química desses óleos essenciais. Para tal, foram realizados testes de eclodibilidade larvar, onde os ovos do parasito foram expostos a concentrações de 2,5% a 0,07% dos óleos essenciais de Origanum vulgare (orégano), Origanum majorana (manjerona) e Rosmarinus officinalis (alecrim). O ensaio foi acompanhado de um controle positivo com cloridrato de tiabendazole (0,025 mg/mL) , um controle negativo com água destilada e o controle com tween 80. A composição química de cada amostra de óleo essencial foi determinada por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (GC-MS). Observou-se que todos os óleos apresentaram ação anti-helmíntica, sendo que o percentual de inibição da eclodibilidade do óleo de alecrim foi de 100% na concentração de 12,5mg/ml e maior que 90% nas concentrações de 7,5mg/ml e 3,1mg/ml, ficando acima de 50% na concentração de 1,55mg/ml e abaixo na de 0,75mg/ml e 0,35mg/ml. Quanto ao óleo essencial de orégano, as concentrações de 10mg/ml, 5mg/ml e 2,48mg/ml apresentaram um percentual inibitório de 100%, enquanto que a concentração de 1,24mg/ml ficou acima de 90%. A concentração de 0,6mg/ml ficou acima de 50% e a de 0,28mg/ml ficou abaixo desse percentual inibitório. O óleo essencial de manjerona obteve 100% de inibição da eclosão nas concentrações de 15mg/ml, 7,5mg/ml e 3,72mg/ml, sendo que o percentual foi acima de 90% na concentração de 1,86mg/ml,enquanto que a de 0,9mg/ml ficou acima de 50% e a 0,42mg/ml abaixo. Os compostos químicos majoritários para o O. vulgare foram o 4-terpineol (27,24%), timol (19,78%) e gama terpineno (14,23%), enquanto que para o óleo essencial de O. majorana foram identificados o 4-terpineol(35,99%), gama terpineno(16,76%) e o alfa terpineno (11,43%), e para o óleo de R. officinalis observou-se cineol (42,12%), cânfora (16,37%) e alfa pineno (14,76%) como componentes majoritários. De acordo com os resultados obtidos, pode-se afirmar que, nas condições do ensaio, os óleos essenciais de R. officinalis, O. vulgare e O. majorana inibem a eclobilidade de ovos de Ancylostoma spp, podendo ser uma alternativa promissora para o controle dessa parasitose, sendo necessários estudos adicionais.