Atividade ovicida in vitro do óleo de Helianthus annuus L. e Cuminum cyminum L. sobre Fasciola hepática (Linnaeus, 1758)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Maria Antonieta Machado Pereira da
Orientador(a): Nascente, Patrícia da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10575
Resumo: O trematódeo Fasciola hepatica é responsável por elevadas perdas econômicas a pecuária brasileira e mundial. Pode acometer mamíferos em geral, porém os bovinos, ovinos e caprinos são os principais hospedeiros definitivos, podendo acidentalmente infectar o homem. A forma de controle mais utilizada tem sido através de anti- helmínticos sintéticos, aos quais já tem mostrado resistência e somando-se a isso há possibilidade de resíduos destes fármacos em produtos como carne e leite, o que tem se tornando uma preocupação mundial. A busca de alternativas como produtos derivados de plantas com atividade biológica no controle dos parasitos, tem se mostrado promissor, com a possibilidade de inibir os mesmos em alguma de suas fases do ciclo de vida. Em vista disto, este estudo teve como objetivos avaliar a composição química e a ação ovicida in vitro de óleo fixo de Helianthus annuus L. (OFH) e do óleo essencial de Cuminum cyminum L. (OEC), bem como o possível sinergismo entre OFH e OEC, sobre ovos de F. hepatica e suas respectivas citotoxicidades. A ação ovicida foi avaliada através de testes in vitro de desenvolvimento e de eclodibilidade larval. Para isto, formas adultas de F. hepatica foram obtidas de fígados parasitados para obtenção de ovos, que foram expostos a concentrações de 0,25% a 0,0005% de cada um dos óleos avaliados. O ensaio foi acompanhado de um controle negativo (água), controle positivo (Tiabendazol 0,025mg/ml). A identificação dos compostos químicos majoritários foi efetuada por cromatografia gasosa. A citotoxicidade dos óleos foi testada em linhagem de células MDBK (Madin-Darby-Bovine-Kidney) pelo método MTT. Foram identificados como compostos majoritários do OFH os ácidos graxos insaturados linoleico (53,6%) e oleico (35,85%), e os compostos fito químicos majoritários do OEC foram o Cumaldehyde (26,8%) e o 2-Caren 10-al (22,17%). O OEC na concentração de 0,03mg/mL e a combinação entre o OFH + OEC na concentração de 0,035mg/mL+ 0,03mg/mL apresentaram uma eficácia de 99% (±1) e 98 % (±1) respectivamente, e o OFH foi insuficientemente ativo como ovicida. Nestas concentrações a viabilidade celular foi de 93% e 85% respectivamente e ainda na concentração de 0,015mg/mL o OEC foi eficaz 97% e preservou 99% de células viáveis. Diante do exposto pode-se inferir que OEC poderá ser promissor como uma nova alternativa no controle da fasciolose.