Comparação de métodos de extração e reação de genótipos de alho a Ditylenchus dipsaci, aspectos produtivos e primeiro relato de ocorrência de Meloidogyne ethiopica em alho no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Correia, Giliard Sapper
Orientador(a): Gomes, Cesar Bauer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8171
Resumo: Dentre os problemas fitossanitários que afetam a cultura do alho (Allium spp.) no Brasil, o nematoide do amarelão (Ditylenchus dipsaci) é um dos mais importantes, sendo responsável por perdas econômicas devido às dificuldades de manejo e às limitações encontradas nas metodologias disponíveis na detecção e quantificação do patógeno. Entre as medidas de controle, preconiza-se o uso de genótipos resistentes/tolerantes, porém, informações sobre a reação do alho a D. dipsaci são escassas em campo. Além disso, a eficiência dos métodos recomendados para extração e detecção de D. dipsaci em amostras de alho semente ou material verde, é bastante variável; e, outros nematoides até então não relatados em alho podem parasitar a cultura. Nesse contexto, foram objetivos do presente estudo: a) avaliar a eficiência de diferentes métodos de extração visando a detecção de D. dipsaci em amostras de alho e de solo; b) testar diferentes genótipos de alho quanto a reação a D. dipsaci, em de casa de vegetação (Fator de Reprodução=FR); e, a seguir, avaliar a resistência desses genótipos a campo quanto à reação e progresso da doença aliado a produtividade na presença ou ausência do nematoide; c) relatar a ocorrência Meloidogyne ethiopica em alho em Cristalina-GO. Comparando-se os diferentes métodos para extração do nematoide do solo, Jenkins (1964), Baermann (1917) e suas variações, o primeiro, independentemente da densidade (400 ou 600g sacarose/L água) foi mais eficiente na recuperação de espécimes de D. dipsaci do solo infestado. A origem do material vegetal (fresco/seco) infectado utilizado para extração do nematoide afetou a percentagem de espécimes móveis e imóveis recuperados. Para material fresco, os nematoides se mantiveram ativos até 120h após a extração independentemente do método; e, para material seco, apenas nas primeiras 24h cujo método mais eficiente foi o da placa de Petri. Os genótipos AM-PC Farias, Quitéria, Hozan, Peruano, Chonan e Moz foram os mais resistentes em casa de vegetação (FR<0,88) e a campo (FR<10,77); e, Araguari, AM-Erenice, Amarante, Araguari, Cateto Roxo e Gravatá, suscetíveis. Avaliando-se a produção de alho em área infestada, AM-PC Farias, AMErenice e Quitéria foram os genótipos mais produtivos e menos afetados quanto ao volume colhido comparativamente aquela obtida em área livre de D. dipsaci. Porém, levando-se em consideração todos os parâmetros associados, os menores taxas de multiplicação, danos causados pelo nematoide e impacto sobre a produtividade em área infestada, AM-PC Farias, Quitéria e Hozan foram os mais indicados para plantio nessas áreas. Caracterizando-se a espécie do nematoide-das-galhas detectada em alho, identificou-se Meloidogyne ethiopica, sendo esse o primeiro relato no Brasil e no mundo.