Controle biológico de doenças foliares e murchas do tomateiro pelo uso rizobactérias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rocha, Dediel Júnior Amaral Rocha
Orientador(a): Moura, Andréa Bittencourt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3573
Resumo: A busca por alternativas no controle de doenças em substituição ao uso intensivo de agrotóxicos tem sido objeto da pesquisa agrícola. Rizobactérias são conhecidas pelo biocontrole de doenças e promoção de crescimento em diversos cultivos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a eficácia de seis rizobactérias, pré- selecionadas, no controle de Ralstonia solanacearum e Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici (FOL), em casa de vegetação e relacionar este comportamento a produção de compostos “in vitro”, bem como avaliar a proteção de plantas de tomate contra doenças da parte aérea que ocorreram naturalmente em condições de campo. Foi avaliada a capacidade destas rizobactérias em produzir quitinases, amilases, lipases, compostos antibióticos e de solubilizar fosfato. A microbiolização das sementes com a rizobactéria DFs1420 (Bacillus sp.) reduziu a severidade da murcha bacteriana em 66% aos 14 dias após a inoculação, no primeiro ensaio e valores de AACPD em 70%, no segundo ensaio. Este controle pode ser associado à produção de compostos responsáveis pela antibiose observada “in vitro”. Streptomyces (DFs1296 e DFs1315) e Bacillus sp. (DFs1414) reduziram significativamente a murcha de fusário. O controle observado pode ser atribuído à atividade quitinolítica e/ou antibiótica por compostos voláteis. Foram instalados três ensaios de campo. A severidade das doenças foliares foi monitorada ao longo do tempo. As rizobactérias foram capazes de proteger as plantas contra Septoria lycopersici. DFs1414 e DFs1421 (Pseudomonas sp.) foram as mais estáveis, proporcionando proteção em dois ensaios consecutivos. As rizobactérias DFs1296 e DFs1420 foram capaz de controlar a requeima (Phytophthora infestans) em dois ensaios. A bactéria DFs1296 também apresentou capacidade de proteção contra estas e outras doenças quando pulverizada semanalmente na parte aérea. De modo geral, o controle alcançado por estas bactérias, microbiolizadas às sementes ou em aplicação foliar, não diferiu dos tratamentos utilizando produtos químicos recomendados para a cultura em aplicações semanais.