Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Schramm, Daiane de Almeida |
Orientador(a): |
Cruz, Fernando Cezar Ripe da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/15530
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Resumo: |
O estudo apresenta uma pesquisa realizada no campo da História da Educação Matemática a partir de temáticas relativas à circulação de impressos escolares no período Imperial brasileiro. Assim, tem como objetivo geral, analisar o processo de circulação de livros escolares de Aritmética na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul durante o período imperial (1822-1889). No estado do conhecimento buscou se pesquisas (teses, dissertações e artigos) relacionadas às questões em torno desta investigação. Desse empreendimento, foram identificados, ao final, 24 livros escolares, de 19 autores, editados principalmente na Província, predominantemente nas cidades de Porto Alegre e Pelotas. Essas obras foram localizadas em sites como o da Hemeroteca Digital, anúncios em periódicos da época, notícias de casas editoriais da Região, assim como foi realizada busca em bibliotecas físicas como a Biblioteca Pública de Pelotas, Biblioteca Pública de Rio Grande, CEDOC- Centro de Estudos e Investigações em História da Educação, Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul, Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul. Quanto aos autores, esses eram figuras de notório saber, na maioria professores de “aulas avulsas” ou de escolas de instrução pública ou particulares. De modo geral, eles produziam livros, cartilhas, compêndios ou manuais que serviam, inicialmente, como texto base para o ensino de aritmética para seus alunos ou outros professores. As tipografias, nas quais eram impressos os jornais, eram as mesmas responsáveis pela produção desses livros. A tiragem era pequena e os livros eram vendidos em armazéns e boticas, junto a outras mercadorias. Lentamente, com a organização do ensino, quer seja por iniciativa do Império, quer seja por iniciativa particular, houve um aumento na variedade e tiragem dos livros escolares. Ao todo, foram identificados 11 estabelecimentos, entre tipografias e editoras que produziram e comercializaram as obras identificadas. Desses, nove localizavam-se na Província, uma em Portugal e outra no Rio de Janeiro. Outro aspecto que vale menção é o fato de os livros produzidos nesse período terem passado por uma mudança quanto ao objetivo, se incialmente tinham como foco o professor, passaram a ser elaborados com o aluno como objetivo, uma vez que passaram a incluir exercícios que tinham como foco o aprendizado. Em conformidade com nosso principal referencial teórico Alain Choppin, concluímos que o livro escolar é um produto cultural derivado de avanços das técnicas de produção, das mudanças no universo editorial, dos cenários econômicos, da natureza política e legislativa. Nesse cenário, acredita-se o livro escolar começou a ser valorizado e popularizado nos períodos subsequentes à análise aqui empreendida. |