Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Fabiana Lopes de |
Orientador(a): |
Leite, Maria Cecilia Lorea |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10278
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Resumo: |
Esta tese objetiva investigar as concepções das professoras de Artes Visuais da rede municipal de ensino de Pelotas-RS, quanto às imagens e às relações de gênero no currículo escolar. Procurando agregar os estudos sobre gênero, currículo e imagens, a fundamentação teórica da pesquisa se baseia nas contribuições das teorias críticas, que questionam os modelos tradicionais de currículo e defendem a construção do currículo a partir de um processo democrático; e prioriza as abordagens das teorias pós-críticas, através de autoras e autores do pós-estruturalismo, teoria queer, estudos feministas e de gênero e estudos culturais, por possibilitarem reflexões sobre as imbricações do currículo escolar com as relações de poder, mais especificamente no que se refere à produção das subjetividades dos sujeitos, levando em conta, principalmente, os fatores sociais e culturais, dentre elas/es: Louro (2014; 2016), Paraíso (2016) e Silva (2005; 2017). Para refletir sobre gênero, apresenta-se as contribuições das teorias feministas, desde as primeiras fases do movimento feminista, nos estudos de Pinto (2010); Cisne (2015) e Gurgel (2010); até as teorias do feminismo negro, hooks (2015), Carneiro (2003) e Collins (2015; 2019) e do feminismo de(s)colonial, Gargallo (2007), Curiel (2014) e Miñoso (2016) por defenderem a necessidade de um pensamento que vá além das questões de gênero, que inter-relacione também as opressões de classe, raça e sexualidade, e ainda, a maneira como essas opressões são produzidas. Referente à imagem, Mitchell (2017; 2019), Mirzoeff (2003) e Hernández (2011; 2013), estudiosos da cultura visual, tratam sobre a importância desse campo estudos, visto que o nosso olhar é cotidianamente influenciado por diferentes e diversos meios, de informação e imagéticos; ademais, Hernández (2007) a partir de uma concepção mais pedagógica, reflete também sobre a necessidade da educação da cultura visual nas escolas, para o desenvolvimento de um pensamento critico e reflexivo das/os estudantes. Além das autoras e autores mencionados, apresenta-se ainda, os trabalhos de seis artistas visuais contemporâneas brasileiras, que tratam de temáticas que envolvem questões de gênero, classe e raça. A presente pesquisa se insere em uma perspectiva qualitativa e não apresenta uma metodologia fixa, pois apoiada nos estudos de Kincheloe e Berry (2004; 2007) e Paraíso (2014), adota a bricolagem de informações. Nesse processo, a partir da revisão bibliográfica, das imagens enviadas por onze professoras participantes e das entrevistas semiestruturadas, foram produzidos os dados de pesquisa. Constatou-se que as concepções das professoras de Artes Visuais sobre as práticas com imagens podem reforçar e/ou manter preconceitos e estereótipos no currículo escolar, mas podem também contribuir no processo de desconstrução dos pensamentos que normatizam condutas e procuram fixar identidades. |