Prendas e peões: gênero e raça nas danças tradicionais gaúchas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Morales, Catiane Pinheiro
Orientador(a): Noleto, Rafael da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8158
Resumo: O presente trabalho objetiva pensar performances de gênero e raça de prendas e peões no tradicionalismo gaúcho através da execução de danças no contexto de concursos artísticos fomentados pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho. Sabe-se que as mulheres na cultura e no tradicionalismo gaúcho são, muitas vezes, secundarizadas, sendo chamadas de “prenda”, que significa presente, o que expõe a objetificação das mulheres. Pensando nisso, busca-se apresentar, por meio das vivências da autora, como funciona o tradicionalismo gaúcho organizado, perpassando o histórico de sua fundação e os conceitos que constituem sua ideologia. Em um segundo momento, há uma imersão no campo de pesquisa, que se deu em um grupo de danças adulto do Centro de Tradições Gaúchas Coronel Thomaz Luiz Osório, na cidade de Pelotas-RS. A pesquisa foi realizada a partir do olhar antropológico da autora como dançarina do grupo, além de contemplar entrevistas e análises à luz de teorias decoloniais e feministas. No terceiro capítulo, é feita uma revisão bibliográfica buscando identificar como vêm sendo abordadas questões de gênero e raça no tradicionalismo gaúcho. Isso permite escutar o que outras autoras e autores vêm dizendo a respeito, possibilitando construir o conceito de “prenda” enquanto categoria de pensamento. Ao final, são expostas outras possibilidades de existência e (re)existência das mulheres no tradicionalismo gaúcho, culminando nas possibilidades de resistir às subjugações de dentro do tradicionalismo.