Construção de um Índice de Vulnerabilidade socioambiental para os municípios da Zona Sul do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ponzi, Gabriela Tombini
Orientador(a): Leandro, Diuliana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12850
Resumo: O termo vulnerabilidade tem sido utilizado com mais frequência em estudos, pesquisas e documentos oficiais, procurando uma melhor compreensão sobre os aspectos de vulnerabilização de grupos populacionais, suas necessidades e suas especificidades. Por se tratar de um campo complexo e multifacetado de análise, as mais diferentes áreas do conhecimento se propõem a analisar diferentes perspectivas da vulnerabilidade. Neste estudo foi feita a construção a partir das perspectivas social e ambiental, visando uma análise integrada das desigualdades sociais nas áreas de estudo. A pandemia da COVID-19 atravessa determinadas populações de forma mais severa, por já se encontrarem em outras situações de vulnerabilidade. O objetivo deste estudo foi analisar aspectos de vulnerabilidade por diferentes perspectivas a partir da utilização de indicadores sociais, econômicos, ambientais, de infraestrutura e saúde. A construção do IVSA – Índice de Vulnerabilidade Socioambiental, permite a hierarquização das regiões estudadas de acordo com os processos de vulnerabilização existentes. A metodologia foi baseada na escolha e classificação dos indicadores para a construção de um índice global para os municípios da Zona Sul do Rio Grande do Sul e para o município do Rio Grande a partir da integração a um SIG – Sistema de Informação Geográfica. Os resultados demonstram a complexidade das situações de vulnerabilidade para estas regiões, a contribuição das perspectivas analisadas e a relação entre a COVID-19 e as populações vulneráveis. Para a zona sul do Rio Grande do Sul os municípios classificados na mais alta de vulnerabilidade foram: Cerrito (0,520), Hulha Negra (0,530), Herval (0,546), São José do Norte (0,569), Pedras Altas (0,601) e Aceguá (0,673). O município de Aceguá foi classificado enquanto o mais vulnerável dentro do cenário estudado, onde os indicadores que influenciaram na classificação se relacionam com a inadequação de serviços de saneamento básico, educação e vínculo empregatício. Já para o município do Rio Grande as áreas situadas na zona rural foram classificadas enquanto as mais vulneráveis e os indicadores que contribuíram estão associados a serviços de coleta de lixo, educação e deslocamento. A COVID-19 atinge de forma diferente grupos populações já vulnerabilizados, como é o caso de bairros no município do Rio Grande como Buchholz e Santa Tereza onde há domicílios com baixa performance de indicadores relacionados a renda, idade e inexistência de serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto e que apresentam maiores taxas de letalidade e índices de prevalência. A utilização de metodologias para mapear essas populações auxilia nos processos decisórios e na elaboração de políticas comprometidas em interromper os processos de desigualdade social acarretados pelo capitalismo.