Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Markelly Fonseca de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11032014-105719/
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Resumo: |
Esta pesquisa dedicou-se à compreensão das manifestações das desigualdades socioespaciais singulares à configuração territorial do Estado do Rio Grande do Norte RN. A difusão do meio técnico-científico-informacional nesse ente federado, que é formado pelas características do período histórico atual também intitulado técnico-científico-informacional, foi expressa pelas cartografias temáticas digitais na revelação da dialética territorial: zonas de densidades técnicas e zonas de rarefações técnicas. Essa base material desigualmente disseminada provoca a constituição de localidades desiguais nas quais poucos indivíduos possuem o acesso à mobilidade ocasionada pelo período (convergência dos momentos e aceleração do tempo) e os outros muitos são excluídos ou perversamente conectados. Geograficamente, segundo o território usado pelos Potiguares, depuraram-se usos territoriais que revelam as desigualdades socioespaciais na empiria em questão. O território usado é uma categoria de análise geográfica que permite decifrar num dado contexto o sistema de valores sociais: uso e troca na elaboração da base material da vida e sua dinâmica. As desigualdades socioespaciais são problemáticas do mundo do presente provocadas pelas contradições do sistema capitalista de reprodução socioespacial. Diante das expressões geográficas das desigualdades socioespaciais do território usado Potiguar foi trazido o planejamento territorial do Estado do RN ao debate por meio de sua organicidade e operacionalização. A matriz de periodização elaborada para fundamentar esta discussão é um instrumental técnico-analítico, que revela a leitura do movimento territorial historicamente constituído na identificação dos períodos do planejamento Potiguar. Desse modo, a prática desse planejamento ignora a esquizofrenia do território, seus gritos e seu caráter ativo: aconteceres mundiais se dando como vetores e as reações dos lugares como contra-racionalidades às verticalidades que lhes são impostas. Ao considerar o território apenas como uma referência geométrica e político-administrativa o planejamento beneficia o uso corporativo do território e a especialização de lugares, maximizando políticas segmentárias ao negligenciar a concepção do espaço banal, de todos os homens, firmas, instituições, organizações, ou seja, a coletividade, do território usado. A política esvaziada de conhecimento rigoroso, além de ser um retrocesso histórico é uma negação de seus princípios originais: para se agir é preciso conhecer, máxima dos filósofos gregos na formação da polis. O dever dos geógrafos é revelar o presente para possibilitar sua superação, pois somente a partir da compreensão da realidade acontecendo caminha-se para a constituição do futuro como âncora. Assim, encarar o mundo do presente, que se dá na explosão do território como uma revanche dos lugares cada vez mais pulsante nas cidades e outras formas de existência, reclama o retorno à Política como ação. |