O lugar da saúde e a saúde do lugar: dengue e covid19 relacionadas à urbanização, perspectivas de Campinas e Coreia do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cerejo, Lucas Nakamura
Orientador(a): Bueno, Laura Machado de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17578
Resumo: Esta pesquisa visa explorar a relação entre o ambiente urbano, as características populacionais, a recente pandemia de Covid-19 e os surtos recorrentes de dengue no Brasil, com foco no município de Campinas, São Paulo. Parte-se do pressuposto de que ambas as doenças têm uma conexão significativa com a organização do espaço urbano. Campinas é conhecida por sua história de incidentes de dengue, enfrentou e enfrenta atualmente o desafio duplo de gerenciar ambas as doenças, que sobrecarregam significativamente o sistema de vigilância e de saúde. O objetivo principal do estudo é compreender a distribuição espacial dos casos de Covid-19 e dengue usando tecnologias geoespaciais e dados secundários socioeconômicos do IBGE. A abordagem empregará análise de dados geoprocessados e estatísticos para identificar áreas críticas com aglomerados significativos e examinar a relação com o desenvolvimento urbano de Campinas, considerando fatores como densidade populacional, acesso à saúde, saneamento e habitação. A pesquisa se desdobrou em três fases: coleta de dados do sistema de saúde pública de Campinas, análise espacial e mapeamento de aglomerados de doenças, em seguida, se desenvolveu uma análise comparativa com a situação vivenciada em municípios na Coreia do Sul, país inicialmente referência no controle da doença, porém, que presenciou situações semelhantes ao território brasileiro no caso da Covid-19, e por fim, uma análise comparativa com o município de Fortaleza tido como referência no controle da dengue, ambas com o objetivo de aprofundar a discussão dos aspectos urbanos relevantes para a disseminação da doença. Compreendendo a dengue e Covid-19 como semelhantes no sentido de que ambas são diretamente influenciadas por fatores urbanos como densidade populacional e infraestrutura de saúde, afetando sua disseminação e gestão. Os resultados são sintetizados para discutir a complexa relação entre planejamento urbano e transmissão de doenças. Ao integrar epidemiologia, análise espacial e planejamento urbano, esta pesquisa visa contribuir para a compreensão das dinâmicas socioespaciais em territórios urbanos e seu papel na disseminação de doenças, buscando conectar as consequências da pandemia e a recorrência persistente da dengue no contexto do desenvolvimento urbano.