Parâmetros metabólicos e reprodutivos de fêmeas suínas pré-púberes após suplementação da dieta com ácidos graxos poli-insaturados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Otte, Marina Vianna
Orientador(a): Lucia Junior, Thomaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4661
Resumo: O uso de ácidos graxos poli-insaturados (PUFA) ômega-3 na dieta de animais tem demonstrado benefícios, porém existem poucos estudos em leitoas evidenciando os potenciais efeitos da inclusão deste suplemento na alimentação. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação com ômega-3 fonte de ácido docosahexaenóico (DHA) em leitoas recém desmamadas. Dezesseis fêmeas suínas foram divididas em dois grupos: controle, que recebeu apenas a dieta adequada à idade; e o grupo ômega-3, no qual recebeu a adição de DHA misturado à ração (3,5 g animal/dia). A suplementação ocorreu por 52 dias. Após este período, os animais foram abatidos. Os ovários foram coletados, para posterior avaliação através de expressão de RNA e imuno-histoquímica. Foram realizadas três coletas de sangue por fêmea, antes e durante a suplementação, para avaliação dos seguintes indicadores metabólicos: triglicerídeos, colesterol total, lipoproteínas de baixa (LDL-colesterol) e de alta densidade (HDL-colesterol), aspartato aminotransferase (AST), gama glutamil transpeptidase (GGT) e estradiol. As leitoas foram pesadas semanalmente durante o experimento. Também foi realizado o controle do consumo diário de alimento por 17 dias, enquanto os animais estavam em gaiolas individuais, a fim de calcular a conversão alimentar. O consumo diário de ração foi menor no grupo ômega-3, que também apresentou melhor conversão alimentar (P < 0,05), ainda que o ganho de peso não tenha diferido entre os grupos (P > 0,05). Os níveis plasmáticos de colesterol total foram inferiores nas leitoas que receberam DHA (P < 0,05), enquanto que os animais de ambos os grupos apresentaram uma redução nos níveis de HDL-colesterol na última coleta, correspondente ao D52 (P < 0,05). A suplementação resultou em menor imunomarcação para leptina e seu receptor (ObRb) no citoplasma de ovócitos inclusos em folículos primários (P < 0,05), além de menor expressão gênica das enzimas desmolase, aromatase e receptor de hormônio luteinizante (P < 0,05) obtidas das células foliculares. A inclusão de ômega-3 como uma fonte de DHA na dieta de leitoas pré-púberes resultou em melhor desempenho zootécnico dos animais, no entanto houve uma redução de alguns parâmetros reprodutivos avaliados.