Sensibilidade e especificidade do perfil estral para o diagnóstico de ovulação em fêmeas suínas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Alvarenga, Marcus Vinicius Figueira de
Orientador(a): Lucia Júnior, Thomaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9152
Resumo: O objetivo desse estudo foi analisar em fêmeas suínas a sensibilidade e especificidade do perfil da ovulação estimada (OVEST) baseado no perfil estral, realizado através do reflexo de tolerância ao homem em presença do macho (RTHM), em comparação com o exame padrão de ovulação feito pela ultra-sonografia em tempo real. Foram monitoradas 198 fêmeas a partir do desmame para realização do perfil estral através do RTHM (6:30, 14:30 e 22:30 h) e exame ultra-sonográfico (6:30 e 14:30 h). No RTHM o início do estro foi determinado pelo primeiro RTHM positivo, enquanto o final do estro foi caracterizado pelo primeiro RTHM negativo. O momento da ovulação pelo ultra-som (MOV) foi definido pela ausência de folículos pré-ovulatórios ou quando o número de folículos era menor àquele encontrado no exame anterior, desde que estes achados fossem confirmados no exame no turno seguinte. A duração do estro (DE) foi dividida por três, a fim de calcular a OVEST como sendo na porção inicial do terço final do estro. A partir deste cálculo, estimou-se a freqüência de fêmeas que ovularam antes, durante ou após o terço final do estro, considerando tanto momento da ovulação diagnosticado pela ultra-sonografia e pela OVEST e foi feita a comparação através da sensibilidade e especificidade. O intervalo desmame estro (IDE) médio foi de 86,6 ± 30,7 h e a DE e o início do estroovulação (INCOV) foi de 62,6 ± 18,1 h e 47,4 ± 14,8 h, respectivamente. Não houve diferença (P > 0,05) quando foi relacionado o início e o final da ovulação entre as diferentes categorias de IDE (< 72 h, 72 – 96 h e > 96 h). Porém, o intervalo desmame ovulação (IDOV) diferiu entre as categorias de IDE (P < 0,0001), tornando-se mais longo na medida em que o IDE se prolongou. A média da OVEST foi de 49,5 ± 3,6 h. Considerando a ovulação diagnosticada por ultra-sonografia em tempo real, 20,4% das OVEST teriam ocorrido precocemente e 27,9% das OVEST seriam tardias, o que totalizaria 48,3% de diagnósticos de ovulação imprecisos.Considerando a freqüência da ovulação ocorrida antes ou durante o terço final do estro a sensibilidade e especificidade da OVEST em comparação com a ovulação em tempo real foi igual a 84,3% e 35,3%, respectivamente. Sensibilidade e especificidade foram iguais a 83,8% e 56,7% quando consideradas ovulações ocorridas ou não durante o terço final do estro, sensibilidade e especificidade foram iguais a 66,3% e 56,7%, respectivamente. Portanto perdas potencialmente expressivas podem ocorrer se os protocolos de iA fossem baseados somente no perfil estral porque este método é impreciso para estimar a ovulação, sendo menos sensível e específico quando comparado com o diagnóstico da ultra-sonografia em tempo real.