Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Franzmann, Uiasser Thomas |
Orientador(a): |
Kantorski, Luciane Prado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
|
Departamento: |
Faculdade de Enfermagem
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8623
|
Resumo: |
Introdução: À medida que há o fortalecimento do Controle Social no SUS, surge o interesse na participação do usuário no processo de avaliação do serviço, como um dos principais atores envolvidos. Neste sentido, o objetivo do estudo é investigar a mudança percebida pelos usuários de CAPS relacionando com características sócio-demográficas, econômicas, clínicas, suporte social e características dos serviços. Metodologia: estudo transversal realizado de junho a dezembro de 2011, com 1597 usuários de 40 CAPS da região Sul do Brasil. A mudança percebida foi definida a partir da Escala de Mudança Percebida pelo Paciente (EMP-Paciente), associada a fatores do perfil sócio-demográfico, econômico, clínicas, suporte social e características dos serviços. Para análise obteve-se escores da escala EMP por meio do cálculo das médias e desvios-padrão dos itens, das subescalas e dos escores globais do instrumento, e regressão logística, com as porcentagens de melhora percebida, Odds Ratio (OR) bruta e ajustada, intervalos de confiança de 95% (IC 95%) e valores de p dos fatores associados. Resultados: Do total de sujeitos entrevistados, 84,85% perceberam a ocorrência de melhora, na sua vida em geral, desde o início do tratamento. O escore médio global de percepção de mudança foi de 2,51 (DP ± 0,41) e das subescalas variaram de 2,40 (DP ± 0,48), na dimensão “Ocupação e saúde física”, a 2,60 (DP ± 0,44), na dimensão “Aspectos psicológicos e sono. Os homens têm 25% de chances maiores de percebem melhora no tratamento do que as mulheres. Ser do estado do Rio Grande do Sul aumenta em 59% as chances de perceber a melhora. Considerar sua saúde nas últimas quatro semanas “muita boa” aumenta aproximadamente 11 vezes a percepção da melhora no tratamento em relação a quem considerou sua saúde “ruim”. Já quem é favorável à participação da família no seu tratamento tem aproximadamente 3 vezes mais chances de perceber a melhora dos que são desfavoráveis. Considerações Finais: A partir dos resultados apresentados, pode-se inferir grande associação da melhora percebida com fatores relacionados a características sociodemográficas, condições de saúde e características do serviços. Importante destacar que este estudo apontou aspectos que não apresentaram melhora ou ainda houve piora, necessitando focar nestes aspectos durante o tratamento. Paralelamente apontou aspectos que apresentaram melhora elevada, demonstrando que o tratamento está sendo efetivo e que a reforma psiquiátrica poderia estar contribuindo positivamente na transformação do cuidado em saúde mental na vida destes sujeitos. |