Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Passos, Luciana Dieguez Ferreira |
Orientador(a): |
Helbig, Elizabete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Nutrição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/ri/2712
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Resumo: |
A Terapia Nutricional Enteral em pacientes hospitalizados exige comprometimento e capacitação de todos os envolvidos nesse processo. Além disso, as dietas enterais devem ser seguras quanto aos aspectos nutricionais e higiênico-sanitário, garantindo a recuperação dos pacientes e a qualidade do serviço prestado. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade físico-química e microbiológica de uma dieta enteral industrializada, assim como avaliar as Boas Práticas em Nutrição Enteral de uma unidade hospitalar do sul do Rio Grande do Sul. Foi selecionada a marca da dieta enteral industrializada mais prescrita aos pacientes adultos da Clínica Médica da unidade hospitalar. Essa marca foi analisada quanto a sua composição centesimal para comparação com as informações do rótulo, quanto a sua esterilidade comercial e quanto ao nível de contaminação microbiana quando manipulada e distribuída na unidade hospitalar. Os pontos amostrais da dieta manipulada foram analisados para mesófilos aeróbios, coliformes a 35°C e a 45°C, Escherichia coli, Estafilococos coagulase positiva, Salmonella sp., bolores e leveduras. A água proveniente da torneira e do filtro do lactário, utilizada para hidratação de pacientes em Nutrição Enteral e para o transporte das dietas, foi analisada quanto a sua potabilidade. A estrutura e os processos em Nutrição Enteral da Unidade Hospitalar também foram analisados quanto a sua adequação às Boas Práticas de Preparação e Administração em Nutrição Enteral, que seguiu a Resolução da Diretoria Colegiada nº 63/2000, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na análise laboratorial da composição centesimal, foi encontrado um déficit de 31,9% de lipídeos, que influenciou nos resultados de carboidratos e calorias. O teste de esterilidade comercial das dietas enterais revelou alterações físicas no produto e contagem de bolores e leveduras acima do permitido pela legislação específica. As amostras da dieta manipulada mostraram-se dentro dos limites recomendados pela legislação para a maioria micro-organismos analisados, exceto para mesófilos aeróbios, bolores e leveduras. A maioria das amostras de água analisadas era potável, exceto uma amostra da água utilizada para o transporte da dieta. O resultado da análise da adequação às Boas Práticas de Preparação em Nutrição Enteral e para as Boas Práticas de Administração em Nutrição Enteral foi de 59,5% e de 43,2%, respectivamente. Concluiu-se que a real composição de nutrientes não esta de acordo com a informação nutricional do produto, o produto encontrou-se impróprio para consumo quando hermeticamente fechado e quando manipulado, e que a unidade hospitalar necessita de um maior controle de seus processos em Nutrição Enteral e de adequações às legislações vigentes. |